Batismo de Jesus – Ano C

(Is 42,1-4.6-7; Sl 28[29]; At 10,34-38; Lc 3,15-16.21-22)

1. O batismo, segundo a espiritualidade sacramental, imprime no coração do batizando, um caráter indelével. Deus o marca, caracteriza-o espiritualmente, de uma forma diferente, uma vez que ele já era e tinha sido feito ‘à imagem e semelhança’ do Criador.

2. A criação como que insere a pessoa na vida e nos destinos do mundo. O batismo a insere na vida da Santíssima Trindade e a incorpora em Cristo e na missão de sua Igreja.

3. Jesus, antes de assumir publicamente a missão de evangelizar o mundo, passou pelo ritual do batismo, deixando-se marcar indelevelmente pela mão e pela voz de Deus. Diz o evangelista que o céu se abriu, uma pomba posou sobre ele e a voz do Espírito Santo o consagrou.

4. Ele, que viera para fazer a vontade do Pai, ia agora testemunhá-lo proclamando seu amor e os caminhos divinos da salvação. E Deus confessa que se compraz em seu Filho. Dele Deus se agrada.

5. O mesmo acontece em nosso batismo: nossa alma se transforma em templo da Santíssima Trindade, o céu se abre sobre nós e Deus confessa que nos ama, que se compraz com nossa vida. E somos enviados para renunciar a Satanás e confessar nossa fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo.

6. Quantos batizados se lembram disso e como vivemos nossa consagração batismal? Temos a marca de Deus, temos o seu caráter. Um batizado não pode, por isto, fazer o jogo do senhor deste mundo, que é o demônio, mas ser, como Jesus, um evangelizador das estruturas sociais e um missionário das boas relações entre as pessoas.

7. Ele é a encarnação de Deus no tempo e um testemunho da voz do céu que o envia para proclamar aos irmãos um ano de graça e salvação. Amém.

Pe. João Bosco Vieira Leite