(Hb 3,7-14; Sl 94[95]; Mc 1,40-45) 1ª Semana do Tempo Comum.
“Cuidai, irmãos, que não se ache em
algum de vós um coração transviado pela incredulidade,
levando-o a afastar-se do Deus vivo” Hb 3,12.
“Deus
é sempre fiel a suas promessas. Nós, seu povo, nem sempre o somos. Gostaríamos
que o plano de Deus se adequasse aos nossos projetos pessoais. E, por isso,
somos inconstantes no que se refere à escuta e à prática da voz de Deus, que
nos vem por sua Palavra (Jesus) e os acontecimentos cotidianos. Escutar a voz
de Deus deverá ser uma atitude interior de atenção que contempla Deus agindo no
hoje de nossas vidas. A incredulidade da qual o versículo acima se refere é
ignorar o que Deus nos fala no nosso hoje, no momento presente de nossa
história. Ignorar a voz de Deus é no íntimo uma falta de fé, pois a verdadeira
fé se expressa pela obediência à Palavra de Deus quando Ele se comunica
conosco. Somente quando respondemos positivamente aos apelos de Deus será
possível encontrar o repouso prometido a cada geração dos seguidores de Deus
(Lawrence O. Richards). Escutar a voz de Deus é um esforço contínuo para que
adequemos nossa vida à vida que Deus deseja para nós. A vontade de Deus é que
não nos afastemos de seu amor e de sua ação misericordiosa. O seu desejo é que
sejamos tal qual Ele é (cf. Lc 6,36). Este é também o desejo de Jesus para sua
comunidade de fé, pois todo o tempo em que esteve conosco mostrou um grande
prazer em fazer a vontade de Deus, não sem lutar contra o seu ‘homem interior’
que buscava as coisas do interesse humano (cf. Mt 4,1-11; Lc 4,1-13). Quais são
as exigências que a Palavra nos tem provocado a escutar? – Ó Deus
presente na vida e a história do teu povo, ensina-nos a te escutar nas
realidades de nossas comunidades. Amém” (Gilberto Orácio de Aguiar – Meditações para
o dia a dia [2017] – Vozes).
Pe.
João Bosco Vieira Leite