(1Jo 4,11-18; Sl 71[72]; Mc 6,45-52) Semana da Epifania.
“Ele viu os discípulos cansados de
remar, porque os ventos eram contrários. Então, pelas três da madrugada, Jesus
foi até eles, andando sobre as águas, e queria passar na frente deles” Mc 6,48.
“A
coragem com que o discípulo enfrenta os reveses do mundo testemunha sua fé.
Pressões de todos os lados, tentações para esmorecer, dívidas a respeito da
validade de ser discípulo, são algumas das formas de confronto pelas quais
passa o discípulo do Reino, levando-o a correr o risco de se sentir frustrado
acerca de sua vocação e missão. Muitas vezes, as investidas do mundo parecem
insuperáveis. E o discípulo é desafiado a crer para além das evidências, se
quiser sobreviver e manter-se fiel a Jesus. A experiência de enfrentar uma
tempestade, no meio do lago da Galileia, num pequeno barco, revela este
desafio. Era noite, e a barca encontrava-se no meio do lago. Os discípulos
remavam penosamente, mas sem resultado, porque o vento era contrário. O risco
de afogamento era evidente. Não parecia haver solução para o caso! É então que
aparece Jesus. Inicialmente, eles imaginaram tratar-se de um fantasma. E
puseram-se a gritar de pavor. Mas, num segundo momento, encorajados pelo
Mestre, são capazes de reconhecê-lo. A fé dos discípulos revelou-se tão frágil,
a ponto de levá-los a confundir Jesus com um fantasma. Também foi insuficiente
para fazê-los enfrentar os embates da vida. Só uma fé sólida, purificada de
todo medo, possibilita ao discípulo sobreviver, nas tempestades do mundo.
– Espírito de bravura, concede-me uma fé sólida, que me leve a resistir
aos embates da vida e contar com a força reconfortante do Senhor” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite