Segunda, 20 de janeiro de 2025

(Hb 5,1-10; Sl 109[110]; Mc 2,18-22) 2ª Semana do Tempo Comum.

“Ninguém põe vinho novo em odres velhos, porque o vinho novo arrebenta os odres velhos

e o vinho e os odres se perdem. Por isso, vinho novo em odres novos” Mc 2,18-22.

“A vida pagã, ou segundo os princípios do mundo, é o odre velho e gasto. A vida cristã é uma vida nova, com novos princípios de valorização das coisas e com novos rumos e novas metas por alcançar. Daí que pretender ser cristão, mas seguindo os princípios do mundo, suas normas de conduta e seus costumes, aplicando sua escala de valores, pretender aparentar um formalismo cristão, no entanto com uma realidade de vida pagã ou mundana, é pretender conciliar o inconciliável ou, para expressar-nos de acordo com o evangelho, é pretender colocar o vinho novo do evangelho no odre velho de mentalidade e formas de vida ultrapassadas ou envelhecidas na prática de princípios injustos e imorais. Ser cristão é uma coisa muito séria, nada fácil e muito comprometedora. Se o mundo é governado pelo egoísmo, o cristão sabe que deve amar o seu próximo como a si mesmo. Se o mundo vive impregnado de desejos e intenções mal intencionados, o cristão tem de viver uma forte transparência de consciência. Se no mundo predomina o amor ao bem-estar e à sensualidade, o cristão rememora que Jesus Cristo exige-lhe uma vida de abnegação de si mesmo. Se o mundo se governa pela violência, o cristão é dirigido pela paciência. O mundo é o odre velho carregado de paixões, gasto por seus excessos, rasgado por suas ambições, e o cristão é o vinho novo, forte e generoso, aprazível e comprometido, que não pode restringir-se nem limitar-se pela estreiteza do odre velho do mundo” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

Pe. João Bosco Vieira Leite