(Hb 7,25—8,6; Sl 39[40]; Mc 3,7-12) 2ª Semana do Tempo Comum.
“Todo sumo sacerdote, com efeito, é
constituído para oferecer dádivas e sacrifícios;
portanto é necessário que tenha algo a
oferecer” Hb 8,3.
“O
pregador continua a descrever a comparação entre o sacerdócio levítico do
Antigo Testamento e o Sacerdócio de Cristo. Cruzam-se considerações de grande
profundidade teológica: a oferta de Jesus é única, enquanto Ele não ofereceu
animais, mas ofereceu-Se a Si mesmo; além disso o Sacerdócio de Cristo
permanece para a eternidade, dado que Jesus ressuscitou; finalmente, a Sua
mediação salvífica é eficaz e definitiva, ao contrário da dos Sacerdote do
Antigo Testamento. [Compreender a Palavra] Mediante um rito de imolação de
animais e de derramamento do seu sangue sobre as várias partes do seu corpo,
Moisés consagrou Aarão Sumo Sacerdote (cf. Lv 8,22-30). Essa ação tornou-se
exemplar para qualquer candidato ao Sumo Sacerdócio, servindo para
‘aperfeiçoar’ o homem, de modo a tornar o sacerdote agradável a Deus. O autor
da Carta aos Hebreus exprime indiretamente um juízo bastante negativo sobre
esse rito; com efeito, acha que a sua eficácia era totalmente externa,
porquanto não eliminava os pecados (cf. Hb 7,27). Por outras palavras, podemos
dizer que o sacerdócio de Aarão, espelho da Lei mosaica, era ineficaz sob o
ponto de vista salvífico. Ao invés, Cristo, através do mistério pascal, foi
estabelecido ‘perfeita para sempre’ pelo Pai (7,28), entrou no santuário na
presença de Deus, tornando-Se um modo eficaz e definitivo mediador de salvação
(7,25; 8,1-2). Qual é então o sentido do culto do Antigo Testamento? O autor
não tem dúvidas: o culto antigo é uma prefiguração com cumprimento realizado
por Cristo e relacionar-se com ele, como um modelo com a obra final” (Giuseppe Casarin – Lecionário
Comentado [Tempo Comum – Vol. 1] – Paulus).
Pe.
João Bosco Vieira Leite