Quinta, 23 de janeiro de 2025

(Hb 7,25—8,6; Sl 39[40]; Mc 3,7-12) 2ª Semana do Tempo Comum.

“Todo sumo sacerdote, com efeito, é constituído para oferecer dádivas e sacrifícios;

portanto é necessário que tenha algo a oferecer” Hb 8,3.

“O pregador continua a descrever a comparação entre o sacerdócio levítico do Antigo Testamento e o Sacerdócio de Cristo. Cruzam-se considerações de grande profundidade teológica: a oferta de Jesus é única, enquanto Ele não ofereceu animais, mas ofereceu-Se a Si mesmo; além disso o Sacerdócio de Cristo permanece para a eternidade, dado que Jesus ressuscitou; finalmente, a Sua mediação salvífica é eficaz e definitiva, ao contrário da dos Sacerdote do Antigo Testamento. [Compreender a Palavra] Mediante um rito de imolação de animais e de derramamento do seu sangue sobre as várias partes do seu corpo, Moisés consagrou Aarão Sumo Sacerdote (cf. Lv 8,22-30). Essa ação tornou-se exemplar para qualquer candidato ao Sumo Sacerdócio, servindo para ‘aperfeiçoar’ o homem, de modo a tornar o sacerdote agradável a Deus. O autor da Carta aos Hebreus exprime indiretamente um juízo bastante negativo sobre esse rito; com efeito, acha que a sua eficácia era totalmente externa, porquanto não eliminava os pecados (cf. Hb 7,27). Por outras palavras, podemos dizer que o sacerdócio de Aarão, espelho da Lei mosaica, era ineficaz sob o ponto de vista salvífico. Ao invés, Cristo, através do mistério pascal, foi estabelecido ‘perfeita para sempre’ pelo Pai (7,28), entrou no santuário na presença de Deus, tornando-Se um modo eficaz e definitivo mediador de salvação (7,25; 8,1-2). Qual é então o sentido do culto do Antigo Testamento? O autor não tem dúvidas: o culto antigo é uma prefiguração com cumprimento realizado por Cristo e relacionar-se com ele, como um modelo com a obra final” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Vol. 1] – Paulus).     

Pe. João Bosco Vieira Leite