Sexta, 02 de agosto de 2024

(Jr 26,1-9; Sl 68[69]; Mt 13,54-58) 17ª Semana do Tempo Comum.

“E Jesus não fez ali muitos milagres, porque não tinham fé” Mt 13,58.

“Os compatriotas de Jesus, habitantes de Nazaré, ficaram sumamente admirados diante da sabedoria de Jesus, a quem tinham conhecido desde menino e adolescente, sem descobrir nele nada de notável e, de repente, eis que agora Jesus se apresenta como Mestre. De onde lhe veio tal sabedoria? A reação psicológica de seus compatriotas foi de repulsa ou rejeição e de escândalo; desprezaram-no, chamando-o de ‘filho do carpinteiro’, pretendendo dizer com isto: ‘Nada mais és que o filho de um pobre artesão que não pôde dar estudos superiores; então como é que agora te mostras com tanta sabedoria?’ E Jesus, segundo diz São Marcos, ‘maravilhou-se de sua falta de fé’, e essa falta de fé foi a causa de Jesus não ter feito milagres entre os seus. Por causa daquela incredulidade, Jesus deixou os seus e foi pregar nos arredores. Que Deus abandone o homem é o maior castigo que lhe pode dar. Peça ao Senhor que nunca se afaste de você, que nunca o abandone; e para isso, ponha como contribuição sua uma fé confiante e sincera. Jesus maravilha-se da pouca fé dos nazaretanos, pois mesmo que Cristo conheça tudo com sua beatífica ciência, no entanto com sua ciência humana experimental ia constatando a incredulidade de seus patrícios, que não queriam compenetrar-se da própria evidência que lhes revelavam seus olhos, confessando eles próprios: ‘Donde lhe vem, pois, tudo isto?’ (v. 56). Noutra parte do evangelho, diz o Senhor: ‘Não há pior cego que aquele que não quer enxergar’. Quantas vezes o Senhor nosso Deus nos mostra sua vontade e nós nos empenhamos em não vê-la, talvez porque contrarie nossas preferências e inclinações, nossa soberba e nosso egoísmo” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

Pe. João Bosco Vieira Leite