(1Cor 1,26-31; Sl 32[34]; Mt 25,14-30) 21ª Semana do Tempo Comum.
“O patrão lhe respondeu: ‘Servo mau e
preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei
e que ceifo onde não semeei?’” Mt 25,26.
“O
Senhor chama esse servo de ‘mau e temeroso’, não de ‘preguiçoso’, como se diz
em algumas traduções. O servo não se empenhou porque estava com medo. Trata-se
de uma pessoa insegura que não tem coragem de tomar uma decisão. O senhor o
repreende porque poderia ter agido de outra maneira em vista da imagem de
severo que fazia do seu senhor. Pelo menos poderia ter levado o dinheiro ao
banco, onde teria rendido juros. Naquela época, a taxa de juros podia ser de no
máximo doze por cento. Portanto, teria sido um rendimento modesto. Mas o servo
mostrou que não sabe lidar com o dinheiro. Por isso vão lhe tirar o talento e
entregá-lo a outrem. Esse procedimento deixa os ouvintes indignados. Quantas
vezes escuto a reação: ‘Isso é injusto. O servo já fora prejudicado. Ele não
tem culpa. E agora lhe tiram tudo!’. Prevendo essa reação, Jesus quer chamara a
atenção dos ouvintes para as consequências de um pensamento que só procura o
que é seguro. Quem vive tão temeroso como o terceiro servo destrói-se a si
mesmo, subtrai-se a própria vida, nega a si mesmo a vida” (Anselm Grün – Jesus,
Mestre da Salvação – Loyola).
Pe.
João Bosco Vieira Leite