Sábado, 31 de agosto de 2024

(1Cor 1,26-31; Sl 32[34]; Mt 25,14-30) 21ª Semana do Tempo Comum.

“O patrão lhe respondeu: ‘Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei

e que ceifo onde não semeei?’” Mt 25,26.

“O Senhor chama esse servo de ‘mau e temeroso’, não de ‘preguiçoso’, como se diz em algumas traduções. O servo não se empenhou porque estava com medo. Trata-se de uma pessoa insegura que não tem coragem de tomar uma decisão. O senhor o repreende porque poderia ter agido de outra maneira em vista da imagem de severo que fazia do seu senhor. Pelo menos poderia ter levado o dinheiro ao banco, onde teria rendido juros. Naquela época, a taxa de juros podia ser de no máximo doze por cento. Portanto, teria sido um rendimento modesto. Mas o servo mostrou que não sabe lidar com o dinheiro. Por isso vão lhe tirar o talento e entregá-lo a outrem. Esse procedimento deixa os ouvintes indignados. Quantas vezes escuto a reação: ‘Isso é injusto. O servo já fora prejudicado. Ele não tem culpa. E agora lhe tiram tudo!’. Prevendo essa reação, Jesus quer chamara a atenção dos ouvintes para as consequências de um pensamento que só procura o que é seguro. Quem vive tão temeroso como o terceiro servo destrói-se a si mesmo, subtrai-se a própria vida, nega a si mesmo a vida” (Anselm Grün – Jesus, Mestre da Salvação – Loyola).

Pe. João Bosco Vieira Leite