Quinta, 15 de agosto de 2024

(Ez 12,1-12; Sl 77[78]; Mt 18,21—19,1) 19ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete’” Mt 18,22.

“Fica claro nessa parábola que Jesus, em sua resposta a Pedro, não pensa na quantidade, e sim na qualidade do perdão. Ele visa a um perdão perfeito, um perdão que vem do fundo do coração. Como pode acontecer isso? Precisamos abrir o nosso coração e todos os seus recantos à misericórdia divina, para que não haja mais lugar nenhum ressentimento. Muitos acham que uma atitude dessas é algo impossível. Eles bem que gostariam de perdoar, mas em seu interior sentem ainda raiva, dor e tristeza. Para mim, o perdão do fundo do coração significa que permito a entrada do amor perdoador de Deus justamente nesses sentimentos negativos. Não posso realizar o perdão apenas por um ato de vontade. O coração não o acompanharia. Continuaria cheio de amargura e ódio. Para que possamos perdoar do fundo do coração, precisamos ter uma noção do perdão de Deus com a sua total ausência de limites, para que esse perdão nos torne capazes de perdoar. Depois de ter experimentado no fundo do meu coração. Mas não posso saltar por cima de meus sentimentos. Preciso permitir que eles sejam transformados, para que tudo em mim participe do perdão” (Anselm Grün – Jesus, Mestre da Salvação – Loyola).

Pe. João Bosco Vieira Leite