Quarta, 7 de agosto de 2024

(Jr 31,1-7; Sl Jr 31; Mt 15,21-28) 18ª Semana do Tempo Comum.  

“O Senhor apareceu-me de longe: ‘Amei-te com amor eterno e te atraí com a misericórdia’” Jr 31,3.

“O tema da leitura de hoje é a alegria exuberante do regresso, vivido como um novo êxodo e descrito com tons ainda mais gloriosos. O renascimento judaico, depois das trágicas experiências da destruição do Templo de Jerusalém e do cativeiro em Babilônia, tem os sinais mais felizes, porque a relação com Deus pôde retomar a sua vitalidade mais tangível. [Compreender a Palavra:] Todos os sobreviventes da tragédia de Babilônia experimentarão ‘novamente’ – na realidade da reconstrução – o amor eterno de Deus. O sofrimento do abandono, em ligação ideal com o que foi vivido pelo Israel mosaico, poderá ser apenas uma recordação. A serenidade voltará a ser comum sempre, como será possível aos israelitas introduzidos na Terra Prometida. Tendo em conta o que sucedeu precedentemente, constituído pela antiga salvação da escravidão no Egito, somente a perenidade do amor divino por Israel consente a recuperação de uma condição de salvação de que a alegria é sinal distintivo. Norte e Sul da Palestina encontrarão a unidade na paz material (v. 5) e espiritual de uma vida em que a subida para o culto em Jerusalém se tornará a meta unificadora (v. 6). Ela será o reconhecimento humano do senhorio beneficente de Deus em relação à própria vida, e portanto a celebração do dom recebido e do Seu apaixonado benfeitor” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Semanas de XVIII-XXXIV] – Paulus).  


Pe. João Bosco Vieira Leite