(1Sm 1,24-28; Sl 1Sm 2; Lc 1,46-56) 3ª Semana do Advento.
“Maria disse: ‘A minha alma engrandece o Senhor” Lc 1,46.
“Ao ‘abençoada és tu’, Maria
responde com um cântico de louvor, que Lucas formula de tal maneira que pode se
tornar também o nosso cântico. No Magnificat, Maria interpreta o acontecimento
que ela viveu na Anunciação, e que há de se completar no Nascimento de Jesus.
Nele, Maria é a representante de Israel, mas também a porta-voz de todos os
pobres e injustiçados, que pelo nascimento de Jesus terão garantidos os seus
direitos. No nascimento de Jesus, Deus derruba os poderosos do trono, e os
pobres são enaltecidos. A teologia da libertação descobriu novamente, hoje em
dia, o Magnificat como o cântico da esperança dos pobres. Teólogas feministas
veem nele o cântico de libertação das mulheres. Ambos esses movimentos retomam
anseios importantes do evangelista, pois Lucas é o advogado tanto dos pobres
como das mulheres. Cada um pode pessoalmente cantar esse cântico maravilhoso,
louvando a Deus, porque também sobre a sua insignificância Deus pôs os olhos, e
lhe fez grandes coisas. Nesse cântico expressa-se que Deus inverte todos os
nossos critérios, e enaltece exatamente o que em nós é humilde, e sacia o que
em nós é faminto” (Anselm Grüm – Jesus,
modelo do ser humano – Loyola).
Pe. João Bosco Vieira Leite