Sexta, 22 de dezembro de 2023

(1Sm 1,24-28; Sl 1Sm 2; Lc 1,46-56) 3ª Semana do Advento.

“Maria disse: ‘A minha alma engrandece o Senhor” Lc 1,46.

“Ao ‘abençoada és tu’, Maria responde com um cântico de louvor, que Lucas formula de tal maneira que pode se tornar também o nosso cântico. No Magnificat, Maria interpreta o acontecimento que ela viveu na Anunciação, e que há de se completar no Nascimento de Jesus. Nele, Maria é a representante de Israel, mas também a porta-voz de todos os pobres e injustiçados, que pelo nascimento de Jesus terão garantidos os seus direitos. No nascimento de Jesus, Deus derruba os poderosos do trono, e os pobres são enaltecidos. A teologia da libertação descobriu novamente, hoje em dia, o Magnificat como o cântico da esperança dos pobres. Teólogas feministas veem nele o cântico de libertação das mulheres. Ambos esses movimentos retomam anseios importantes do evangelista, pois Lucas é o advogado tanto dos pobres como das mulheres. Cada um pode pessoalmente cantar esse cântico maravilhoso, louvando a Deus, porque também sobre a sua insignificância Deus pôs os olhos, e lhe fez grandes coisas. Nesse cântico expressa-se que Deus inverte todos os nossos critérios, e enaltece exatamente o que em nós é humilde, e sacia o que em nós é faminto” (Anselm Grüm – Jesus, modelo do ser humano – Loyola).  

Pe. João Bosco Vieira Leite