Sexta, 16 de dezembro de 2022

(Is 56,1-3.6-8; Sl 66[67]; Jo 5,33-36) 

3ª Semana do Advento.

“Mas eu tenho um testemunho maior que o de João: as obras que o Pai me concedeu realizar.

As obras que eu faço dão testemunho de mim, mostrando que o Pai me enviou” Jo 5,36.

“A aceitação de Jesus como Messias não dependia tanto do que ele falava de si mesmo, quanto de seus gestos poderosos. Ele foi sempre muito parco e discreto em se referir à sua pessoa. Afinal, é muito fácil alguém se superestimar ou afirmar de si mesmo coisas infundadas. E não é difícil amealhar pessoas incautas e manipuláveis predispostas a transformar em verdade o que é pura imaginação, quando não, exploração da boa-fé alheia. Jesus sempre apelava para o testemunho de suas obras para respaldar sua condição de Messias. Tudo quanto fazia era apresentado como resultado de sua obediência ao Pai. Não atuava por iniciativa própria, nem realizava milagres a seu bel-prazer. Todo o seu ministério consistiu em realizar o projeto de Deus, de modo a manifestar o imenso amor do Pai pela humanidade. Aqui, também, Jesus revelava-se humilde. Jamais buscou atrair para si glória e reconhecimento, devido a seus gestos poderosos. Antes, atribuía-os todos ao Pai. Assim, o reconhecimento do messianismo de Jesus tinha como pressuposto: acreditar que o Pai, por seu imenso amor pela humanidade, confiou a seu Filho Jesus a tarefa de manifestá-lo por meio de gestos de bondade e misericórdia, como era o caso dos milagres; e crer que Jesus submeteu-se à vontade paterna. Seu messianismo partia do Pai e a ele remetia. Este era o contexto de suas obras. – Pai, reconheço Jesus como manifestação de tua imensa misericórdia pela humanidade. Dá-me tua luz para que eu o acolha como Messias salvador (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite