Quinta, 15 de dezembro de 2022

(Is 54,1-10; Sl 29[30]; Lc 7,24-30) 

3ª Semana do Advento.

“Teu esposo é aquele que te criou, seu nome é Senhor dos exércitos; teu redentor, o santo de Israel,

chama-se Deus de toda a terra” Is 54,5.

“Na primeira parte da leitura (Is 54,1-6) o profeta narra com imagens poéticas os frutos da relação amorosa reconstituída entre o Senhor e Israel. Juntos terão uma descendência numerosa, de modo que não poderão ter lugar para acolher na sua casa os filhos gerados na sua união; serão obrigados a ‘alargar o espaço da sua tenda, sem olharem a despesas, a alongar as cordas, e reforçar as estacas’. Mas o espaço ainda não será suficiente, será necessário expandir-se para o Oriente para o Ocidente, ocupar as terras de outras nações e povoar as cidades abandonadas do deserto. Saindo da metáfora: quando o homem se afasta de Deus ilude-se, pensa poder bastar-se a si próprio e estar em condições de deixar no mundo um rastro das suas obras e da sua passagem. Pelo contrário, condena-se, apesar de todos os seus esforços e o esforço despendido, à falência e à esterilidade. Não constrói nada de duradouro se não estiver em comunhão com Deus. Se o êxito ou a falência dependem do acolhimento ou da rejeição do Senhor, como não temer as nossas fraquezas, as incoerências que verificamos em todos os instantes da vida? Nesta história de amor – assegura-nos o profeta – a última palavra não a terão as nossas traições, mas a fidelidade indefectível de Deus. É na força do Seu amor que assenta nossa confiança” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Advento - Natal] – Paulus).

 Pe. João Bosco Vieira Leite