(Is 54,1-10; Sl 29[30]; Lc 7,24-30)
3ª Semana do Advento.
“Teu esposo é aquele
que te criou, seu nome é Senhor dos exércitos; teu redentor, o santo de Israel,
chama-se Deus de toda
a terra” Is 54,5.
“Na primeira parte da
leitura (Is 54,1-6) o profeta narra com imagens poéticas os frutos da relação
amorosa reconstituída entre o Senhor e Israel. Juntos terão uma descendência
numerosa, de modo que não poderão ter lugar para acolher na sua casa os filhos
gerados na sua união; serão obrigados a ‘alargar o espaço da sua tenda, sem
olharem a despesas, a alongar as cordas, e reforçar as estacas’. Mas o espaço
ainda não será suficiente, será necessário expandir-se para o Oriente para o
Ocidente, ocupar as terras de outras nações e povoar as cidades abandonadas do
deserto. Saindo da metáfora: quando o homem se afasta de Deus ilude-se, pensa
poder bastar-se a si próprio e estar em condições de deixar no mundo um rastro
das suas obras e da sua passagem. Pelo contrário, condena-se, apesar de todos
os seus esforços e o esforço despendido, à falência e à esterilidade. Não
constrói nada de duradouro se não estiver em comunhão com Deus. Se o êxito ou a
falência dependem do acolhimento ou da rejeição do Senhor, como não temer as
nossas fraquezas, as incoerências que verificamos em todos os instantes da
vida? Nesta história de amor – assegura-nos o profeta – a última palavra não a
terão as nossas traições, mas a fidelidade indefectível de Deus. É na força do
Seu amor que assenta nossa confiança” (Giuseppe Casarin – Lecionário
Comentado [Advento - Natal] – Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite