(Is 30,19-21.23-26; Sl 146[147A]; Mt 9,35—10,1.6-8)
1ª Semana do Advento.
“Vendo Jesus as
multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas como ovelhas
que não têm pastor” Mt 9,36.
“Como JHWH teve
compaixão de Israel, assim Jesus a tem pelo Seu povo porque não vê ninguém
dele: nem os chefes políticos, nem as autoridades religiosas. Todos se
preocupam com os próprios interesses, com as suas vantagens, com a perspectiva
de fazerem carreira. Pretendem privilégios, querem melhorar as suas vidas, e
deixam de lado o povo que tem fome, que está doente, vive oprimido e é vítima
de abusos. Jesus é sensível às necessidades e às dores dos homens, e a compaixão
que sente impele-O a intervir, mas não só: escolhe discípulos que continuem a
sua obra e confere-lhes a autoridade de ‘expulsar os espíritos malignos e de
curar os enfermos’. A recomendação final do texto – ‘Recebestes de graça, dai
de graça’ – é o pedido do desapego completo de qualquer forma de vantagens no
desempenho da obra apostólica. O discípulo de Cristo não trabalha para obter
vantagens pessoais, para enriquecer e nem sequer para conseguir um prêmio
melhor no Paraíso. Oferece gratuitamente a sua disponibilidade, como fez o seu
Mestre. A única recompensa será a alegria de ter servido e amado os irmãos com
a generosidade que caracterizou o ministério de Jesus” (Giuseppe
Casarin – Lecionário Comentado [Advento - Natal] – Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite