(Gn 49,2.8-10; Sl 71[72]; Mt 1,1-17)
3ª Semana do Advento.
“Juntai-vos e ouvi,
filhos de Jacó, ouvi Israel vosso pai!” Gn 49,2.
“’Estou para morrer,
mas Deus estará convosco’ (Gn 48,21). Com estas palavras Jacó prepara-se para
abençoar os doze filhos que estão no Egito; depois continua: ‘Reuni-vos, para
que vos anuncie o que vai acontecer no futuro’ (Gn 49,1). A leitura de hoje
refere o oráculo pronunciado pelo Patriarca sobre o filho Judá, o fundador da
tribo gloriosa da qual teria saído a dinastia de Davi. Judá é celebrado com
louvores hiperbólicos. Embora não sendo o primogênito, está destinado a ter a
preeminência sobre todas as tribos irmãs que lhe tributarão honra e se
submeterão à sua autoridade. Em seguida, Jacó introduz na sua bênção um anúncio
misterioso: o reino da tribo de Judá durará ‘até que venha Aquele a quem
pertence e a quem os povos há de obedecer’. Quem é este dominador esperado?
Para os cristãos, este soberano universal enviado pelo Pai é Cristo, embora não
se tenha realizado à letra a profecia de Jacó. Com efeito, Jesus não foi um
guerreiro, não dominou à espada os Seus inimigos e a Sua vitória não foi obtida
com a violência, mas com o amor. Ele apresentou-se ao mundo revestido de
fraqueza, e no entanto o vidente do Apocalipse soube reconhecer n’Ele ‘o Leão da
tribo de Judá, o Rebento de Davi’ (Ap 5,5)” (Giuseppe Casarin – Lecionário
Comentado [Advento - Natal] – Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite