(Pr 21,1-6.10-13; Sl 118[119]; Lc 8,19-21)
25ª Semana do Tempo Comum.
“Jesus respondeu:
‘Minha mãe e meus irmãos são aquelas que ouvem a Palavra de Deus e a põem em
prática’”
Lc 8,21.
“A vivência sincera
da Palavra de Deus estabelece entre o discípulo do Reino e Jesus uma profunda
comunhão. Mas também, entre os mesmos discípulos, a Palavra produz frutos de
fraternidade e solidariedade. Em ambos os casos, os laços interpessoais podem
mostrar-se mais fortes que os provenientes das relações familiares. Disto
resulta a nova família do Reino em que a paternidade provém de Deus, e a
convivência entre os membros pauta-se pelo amor e pela igualdade, para além de
raça, de condição social e de diferença de gênero. Ser judeu ou pagão, escravo
ou livre, homem ou mulher são distinções irrelevantes para a família do Reino.
A possibilidade de viver a comunhão desponta no horizonte, deixando de lado
tudo o que possa ser motivo de divisão. Desta forma, no contexto do Reino,
relativiza-se a família natural de Jesus. O fato de ser sua mãe ou seus irmãos
tinha pouca relevância. Esta familiaridade não lhes dava precedência na relação
com o Mestre. Será inútil exigir este direito, já que o haviam perdido. Tanto a
mãe quanto os seus parentes deveriam fazer o caminho de sua relação com Jesus
passar pela submissão à Palavra de Deus. Doravante, serão seus familiares os
que, como ele, ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática. – Espírito
de submissão à Palavra de Deus, que a escuta e a prática da Palavra de Deus,
que a escuta e a prática da Palavra me tornem membro da família do Reino, a
nova família de Jesus” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite