(Ecl 1,2-11; Sl 89[90]; Lc 9,7-9)
25ª Semana do Tempo Comum.
“Então Herodes disse:
‘Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas
coisas?’
E procurava ver
Jesus” Lc 9,9.
“A simples evocação
do nome de Herodes é motivo de apreensão. Filho mais novo de Herodes, o Grande,
governou com o título de tetrarca. Popularmente, era chamado de rei. Indivíduo
astuto, ambicioso, amante do luxo e do prazer. Violento como o pai. Foi ele quem
mandou prender e degolar João Batista, por ter-lhe censurado a injustiça
cometida contra o próprio irmão, cuja mulher tomara por esposa. Herodes é uma
pessoa a quem os milagres de Jesus deixa perplexo. Por quê? Supersticioso como
era, poderia estar pensando que o Mestre fosse a reencarnação de João Batista,
com a possibilidade de ser castigado pelo mal cometido contra ele. Se fosse
Elias, seria sinal de consumação dos tempos, quando o Senhor viria para fazer a
humanidade passar pelo crivo de sua justiça. Caso fosse um dos antigos profetas
ressuscitados era de se esperar a realização das antigas esperanças de Israel.
Nenhuma destas explicações deixava Herodes tranquilo. As notícias a respeito de
Jesus superavam todos esses esquemas messiânicos-escatológicos. A compreensão
de Jesus e da sua ação dependem de um envolvimento pessoal com ele e da
disposição de acolher sua mensagem, deixando-se transformar por ela. Em outras
palavras, é preciso ter fé. Exatamente isto é que faltava a Herodes, com
relação a Jesus. Desejar vê-lo por mera curiosidade ou pseudo-interrogações não
basta para conhecer quem ele, de verdade, é. – Espírito de compromisso,
liberta meu coração de falsas interrogações a respeito de Jesus, e leva-me a
compreender que só a fé engajada pode levar-me a conhece-lo” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).