Sexta, 02 de setembro de 2022

(1Cor 4,1-5; Sl 36[37]; Lc 5,33-39) 

22ª Semana do Tempo Comum.

“Os fariseus e os mestres da Lei e disseram a Jesus: ‘Os discípulos de João, e também os discípulos dos fariseus, jejuam com frequência e fazem orações. Mas os teus discípulos comem e bebem’” Lc 5,33.

“O jejum corporal sempre foi considerado como um meio de purificação espiritual. Já em Esdras lemos: ‘Publicai um jejum a fim de nos humilharmos diante de nosso Deus’ (Esdras 8,21). E Jesus disse, no Novo Testamento, que existe certo tipo de demônios que só pode ser expulso ‘à força de oração e de jejum’ (Mateus 17,20). Por isso, os discípulos de João jejuavam frequentemente e se dedicava à oração. Duas coisas que deve também fazer e com frequência: jejuar e orar. Jejuar: em nossos dias de prazeres e comodidades, mencionar o sacrifício ecoa como ideia ultrapassada e já obsoleta e fora de moda; no entanto a lei da privação dos prazeres e em particular a lei do jejum sempre são atuais, porque o homem sempre necessita de purificação; o fato de privar-se dos prazeres da gula e mesmo da alimentação, para poder dedicar-se com melhor preparação à meditação das coisas de Deus, é sempre atual e extremamente convincente. Orar: o jejum é como uma preparação e disposição de seu espírito a fim de que mais facilmente você possa dedicar-se à oração. Somente na oração é que você encontrará a orientação para sua vida; somente na oração você encontrará a força de que necessita para viver em plenitude sua vida espiritual. Se os discípulos de João Batista se dedicavam com frequência à oração, o que dizer do que devem fazer os discípulos de Jesus? Se os discípulos de João se distinguiam e caracterizavam-se pelas práticas do jejum e da oração, os discípulos de Jesus também, e com maior razão, devem-se distinguir pela prática da oração constante e fervorosa” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

Pe. João Bosco Vieira Leite