(1Cor 4,1-5; Sl 36[37]; Lc 5,33-39)
22ª Semana do Tempo Comum.
“Os fariseus e os
mestres da Lei e disseram a Jesus: ‘Os discípulos de João, e também os
discípulos dos fariseus, jejuam com frequência e fazem orações. Mas os teus
discípulos comem e bebem’” Lc 5,33.
“O jejum corporal
sempre foi considerado como um meio de purificação espiritual. Já em Esdras
lemos: ‘Publicai um jejum a fim de nos humilharmos diante de nosso Deus’
(Esdras 8,21). E Jesus disse, no Novo Testamento, que existe certo tipo de
demônios que só pode ser expulso ‘à força de oração e de jejum’ (Mateus 17,20).
Por isso, os discípulos de João jejuavam frequentemente e se dedicava à oração.
Duas coisas que deve também fazer e com frequência: jejuar e orar. Jejuar:
em nossos dias de prazeres e comodidades, mencionar o sacrifício ecoa como
ideia ultrapassada e já obsoleta e fora de moda; no entanto a lei da privação
dos prazeres e em particular a lei do jejum sempre são atuais, porque o homem
sempre necessita de purificação; o fato de privar-se dos prazeres da gula e
mesmo da alimentação, para poder dedicar-se com melhor preparação à meditação
das coisas de Deus, é sempre atual e extremamente convincente. Orar:
o jejum é como uma preparação e disposição de seu espírito a fim de que mais
facilmente você possa dedicar-se à oração. Somente na oração é que você
encontrará a orientação para sua vida; somente na oração você encontrará a
força de que necessita para viver em plenitude sua vida espiritual. Se os
discípulos de João Batista se dedicavam com frequência à oração, o que dizer do
que devem fazer os discípulos de Jesus? Se os discípulos de João se distinguiam
e caracterizavam-se pelas práticas do jejum e da oração, os discípulos de Jesus
também, e com maior razão, devem-se distinguir pela prática da oração constante
e fervorosa” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano –
Ave-Maria).
Pe. João Bosco Vieira Leite