(Jó 38,1.12-21; 40,3-5; Sl 138[139]; Lc 10,13-16)
26ª Semana do Tempo Comum.
“Quem vos escuta a
mim escuta; e quem vos rejeita a mim despreza; mas quem me rejeita,
rejeita aquele que me
enviou” Lc 10,16.
“Jesus quis
deixar-nos, em sua Igreja, alguns homens que carregam sobre si a
responsabilidade de levar adiante sua obra, que é obra de salvação e de
redenção. Foram colocados por Jesus Cristo, a fim de transmitir ao mundo a
mensagem de salvação, instaurando a vida em conformidade com as exigências do
evangelho. É essa missão que Jesus lhes deu e, para que possam realizar essa
sua magnífica, ainda que dificultosa missão, dotou-os de toda uma série de
poderes e graças e prometeu-lhes ficar com eles até o final dos tempos. Nem sempre
Jesus foi recebido por seus contemporâneos e compatriotas; em alguns casos, e
bem frequentemente, foi rejeitado por eles. O amor é a aceitação; porém, o amor
pode ser rejeitado; o pecado outra coisa não é senão a rejeição do amor. Jesus
apresentou-se como a expressão mais sublime e mais pura do amor; por isso
rejeitar o amor é rejeitar Jesus, e rejeitar Jesus é rejeitar o amor. Jesus
prega nas cidades da Galileia, apresentando-lhes a bondade de Deus, a
misericórdia, o amor de Deus; além de pregar, Jesus tinha feito as obras
maravilhosas e taumatúrgicas de seu poder infinito; porém a semeadura, naquelas
cidades, tinha sido inútil. A pregação de Jesus sobre o Reino de Deus foi um
chamado à penitência, à conversão, mas aquelas cidades não receberam a semente,
rejeitaram-na e por isso persistiram na maldade; tornaram-se, assim,
responsáveis e merecedoras do condigno castigo, que chegaria para elas mais
rigorosamente que às próprias cidades pagãs, que não chegaram a rejeitar o que
não se chegou a oferecer-lhes. A hora de Deus é a hora do chamado; Deus marca o
momento para chamar o homem; se ele deixar passar o momento, se fechar os
ouvidos para o chamado, está fechando seu espírito à salvação. Pense, pois, que
‘a quem muito se deu, muito mais se exigirá’ (Lucas 12,48) – Vivência: Examine
sua consciência sobre a docilidade às orientações que recebe do magistério da
Igreja; se você recebe, escuta e aceita as palavras do Papa; se vive em
conformidade com a doutrina que recebe nas Encíclicas e nas Exortações apostólicas
do Sumo Pontífice; se acata as normas emanadas de seu Bispo; se coopera com as
campanhas apostólicas promovidas por seu pároco. ‘Quem vos ouve’ (v. 16); são
palavras de Jesus dirigidas e prometidas a seus apóstolos e sucessores” (Alfonso
Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano –
Ave-Maria).