(Ecl 11,9—12,8; Sl 89[90]; Lc 9,43-45)
25ª Semana do Tempo Comum.
“Mas os discípulos
não compreendiam o que Jesus dizia. O sentido lhes ficava escondido, de modo
que não podiam entender; e eles tinham medo de fazer perguntas sobre o
assunto” Lc 9,45.
“A forma como Jesus
introduz sua admoestação aos discípulos demonstra a gravidade de sua fala:
‘Prestem bastante atenção ao que eu vou dizer a vocês!’ De fato, a revelação de
seu destino haveria de pegar desprevenidos os discípulos. Eles jamais poderiam
imaginar o que o Mestre lhe queria comunicar. Os discípulos haviam conhecido um
aspecto da realidade de Jesus: seu poder taumatúrgico, sua capacidade de
fazer-se próximo dos pobres e dos pequeninos, sua autoridade para veicular
ensinamentos jamais ouvidos, sua relação profunda com o Pai. Embora os mestres
da Lei e os fariseus demonstrassem má vontade, as multidões ouviam-no
empolgadas. Aderir a ele precisa ser um passo acertado. Quando Jesus anunciou
estar ‘para ser entregue nas mãos dos homens’, os discípulos foram incapazes de
compreender plenamente estas palavras, pois lhes pareciam obscuras. E receavam
pedir explicações ao Mestre. A revelação de Jesus colocou em xeque tudo quanto
os discípulos pensavam a seu respeito. Pensa-lo sofredor, humilhado, aviltado
nas mãos dos inimigos seria demais. Isto significava o fracasso das esperanças
acalentadas até então. Só Jesus era capaz de compreender que a perspectiva de
morte não significava o fracasso de seu projeto. Aí, também, se realizava o
desígnio do Pai. – Espírito de sintonia com Jesus, dá-me inteligência
para compreender a morte de Jesus, na perspectiva da realização do projeto do
Pai, e não como frustração” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).