Sábado, 03 de setembro de 2022

(1Cor 4,6-15; Sl 144[145]; Lc 6,1-5) 

22ª Semana do Tempo Comum.

“E Jesus acrescentou: ‘O Filho do Homem é senhor também do sábado’” Lc 6,5.

“Sendo Jesus o Filho do Homem, pleno de poderes recebidos do Pai, podia agir com liberdade diante da tradição. Pouca importância tinha para ele as distinções minuciosas e as interpretações casuístas que corriam nos ambientes farisaicos. No caso do repouso sabático, colocava-se acima dos limites sutis entre as ações proibidas e aquelas permitidas, no dia consagrado ao Senhor. Daí sua atitude de indiferença quanto ao fato de seus discípulos, ao atravessar um trigal em dia de sábado, terem apanhado espigas e comê-las. Em que este gesto representava um desrespeito a Deus? Por que classificá-lo como pecaminoso e, por isso, proibi-lo? Jesus não via neles motivo para censurar seus discípulos, e impedi-los de praticar esta ação. Se Davi tomou a liberdade de saciar sua fome com pães consagrados, que só aos sacerdotes era permitido comer, o Filho do Homem estava agindo muito mais corretamente com os seus discípulos! Sua superioridade em relação ao antigo rei de Israel permitia-lhe liberá-los da submissão às prescrições judaicas. Jesus concedia, assim, aos discípulos uma liberdade desconhecida no mundo dos mestres da Lei dos fariseus. A ação de Jesus fundava-se num dado que seus adversários desconheciam: a sua condição de Filho de Deus. – Espírito que liberta, desata as amarras que mantêm o povo fanaticamente apegado a certas tradições, diante das quais o Pai permite agir com liberdade (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Santo do Dia: São Gregório Magno, memória obrigatória.

Pe. João Bosco Vieira Leite