(1Cor 5,1-8; Sl 05; Lc 6,6-11)
23ª Semana do Tempo Comum.
“Disse-lhe Jesus: ‘Eu
vos pergunto, o que é permitido fazer no sábado:
o bem ou o mal,
salvar uma vida ou deixar que se perca?’” Lc 6,9.
“A malícia dos
mestres da Lei e dos fariseus chocava-se com a determinação de Jesus de querer
fazer sempre o bem. Embora soubesse que costumavam observá-lo, com a intenção
de encontrar nele motivo de acusá-lo, o Mestre mantinha-se fiel ao querer do
Pai. Estando a ensinar na sinagoga, em dia de sábado, Jesus deu-se conta da
presença de um homem cuja mão direita estava seca. O aleijado não lhe pediu
para curá-lo. Talvez estivesse escondendo esta mão, só para não ser observado.
Para a mentalidade das pessoas daquele tempo, ter a mão direita nestas
condições era um mal sinal, porque o indivíduo só podia servir-se da mão
esquerda, tida como a mão dos maus augúrios e das más ações. Era vergonhoso
participar de uma assembleia litúrgica e, por conseguinte, estar diante de
Deus, nestas condições. Por isso, a prudência aconselhava-o a manter-se
discreto. A ordem recebida de levantar-se e colocar-se no meio da assembleia
pegou-o de surpresa. Sua deficiência estava sendo posta em evidência. Em todo
caso, o homem obedeceu, fazendo como o Mestre ordenara. Nova ordem: estender a
mão. Em outras palavras, mostrar a todos sua condição vergonhosa. De novo, ele
obedeceu. E eis que sua mão ficou sã. Sua vergonha foi superada. Ele ficara
livre do estigma do mal. Os mestres da Lei e os fariseus ficaram insensíveis
diante do bem realizado por Jesus. Movidos pelo ódio, começaram a discutir uma
maneira de eliminá-lo, quando deveriam dar glória a Deus por realizar
maravilhas em favor da humanidade. – Espírito do bem, faze-me compreender
a urgência de fazer o bem em favor dos pobres e sofredores” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite