Sexta, 19 de novembro de 2021

(1Mc 4,36-37.52-59; Sl 1Cr 29; Lc 45-48) 

33ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus entrou no templo e começou a expulsar os vendedores” Lc 19,45.

“Jesus não se conteve, quando se deparou com o estado em que se encontrava o templo de Jerusalém. Na mentalidade da época, o templo era o lugar escolhido por Deus para habitar no meio do seu povo. Era o preço do encontro do Pai com seus filhos. Portanto, lugar da comunhão fraterna, da justiça, do respeito aos pobres e aos fracos, que são os preferidos de Deus. Este ideal grandioso, porém, chocava-se com a realidade. O templo tornara-se um amplo mercado onde fazia câmbio de dinheiro para facilitar a vida dos peregrinos estrangeiros e se comerciava os diversos tipos de animais usados para o sacrifício. Toda essa intensa atividade visava a ganância do lucro, dificilmente obtido por motivo de pura caridade. Assim, a injustiça e a exploração eram praticadas na própria casa de Deus. Os pobres e ingênuos peregrinos eram espoliados, sob os olhos do Pai. A boa-fé do povo transformava-se em joguete nas mãos de pessoas inescrupulosas. E tudo isso com a benévola anuência da classe sacerdotal, que tirava partido da situação. A realidade do templo estava em aberta contradição com o ideal do Reino de Deus pregado por Jesus. Daí o furor que se apossou de seu coração e o gesto profético de expulsar os profanadores da casa de Deus, que devia ser espaço do amor. – Senhor Jesus, não permitas que eu permaneça insensível, vendo a casa de Deus – o coração humano – ser profanado pela injustiça (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite