(Dn 6,12-28; Sl Dn 3; Lc 21,20-28)
34ª Semana do Tempo Comum.
“Quando essas coisas
começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça,
porque a vossa
libertação está próxima” Lc 21,28.
“A descrição
evangélica do fim do mundo reúne uma variedade de elementos. Seu objetivo é
motivar a esperança e a perseverança no coração do discípulo. O pano de fundo
do relato é a destruição de Jerusalém pelas tropas romanas e a narração dos
sinais cósmicos, de caráter apocalíptico, postos em relação com a vinda de
Jesus, como juiz libertador. As vicissitudes causadas pela invasão romana são
expressas na fuga apressada para os montes, em busca de esconderijo, na matança
da qual o povo foi vítima, e no cativeiro que foi imposto aos judeus. A
situação das mulheres grávidas foi particularmente delicada, por não poderem
fugir com a pressa exigida pela situação. A destruição de Jerusalém teve um
sabor de fim do mundo. De fato, era como se o mundo tivesse vindo a baixo.
Segundo os textos proféticos, a intervenção salvífica de Deus, na história
humana, seria acompanhada de fenômenos cósmicos aterradores. E o universo
inteiro seria abalado pelo poder absoluto de Deus. Neste contexto, é descrita a
visão de Jesus, o Filho do Homem, manifestando-se como juiz de toda a
humanidade. Jesus é o penhor da libertação do ser humano, e deve ser esperado
com vigilância e fidelidade. Não importa quando isto aconteça. Importa sim, que
o discípulo não esteja desprevenido. Vigilância e fidelidade acontecem quando
se pratica a misericórdia. - Senhor Jesus, que eu esteja
vigilante e fiel à tua espera, pois vens como libertador” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite