(Rm 15,14-21; Sl 97[98]; Lc 16,1-8)
31ª Semana do Tempo Comum.
“E o senhor elogiou o
administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza” Lc 16,8a.
“A esperteza do
administrador de uma fazenda serviu de ocasião para Jesus mostrar como deve
proceder o discípulo do Reino, quando se trata de buscar a salvação. Era um
alerta para os discípulos que levavam uma vida despreocupada, certos de já
estarem salvos, sem necessidade de se empenhar por merecer a salvação. O
administrador agiu como um bom ‘filho deste mundo’. Tendo exercido uma gestão
fraudulenta e se vendo da iminência de ser despedido, cuidou de garantir seu
futuro, para não cair na mendicância, nem ser obrigado a trabalhar como
lavrador, pois já não tinha forças para isso. Por isso, tentou captar a
benevolência dos devedores de seu patrão, reduzindo-lhe, consideravelmente,
suas dívidas. Assim, na hora da desgraça, os beneficiados com sua fraude
haveriam de retribuir-lhe o gesto de generosidade. O discípulo do Reino, que é
‘filho da luz’, não pode descuidar-se de seu futuro. Antes, deverá usar de
esperteza para ser digno de salvação. Evidentemente, não se servirá dos métodos
dos filhos deste mundo, mas imitará sua disposição e engenhosidade em descobrir
os meios para atingir o fim desejado. O discípulo do Reino sabe que a salvação
se obtém pelo amor. Por isso, tenta ser criativo e se empenha em praticá-lo.
Sabe, também, que não poderá esperar a salvação, de braços cruzados. – Senhor
Jesus, que eu seja criativo e me empenhe em praticar o amor, sabendo que este é
o caminho para se obter a salvação” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).