Quinta, 11 de novembro de 2021

(Sb 7,22—8,1; Sl 118[119]; Lc 17,20-25) 

32ª Semana do Tempo Comum.

“Os fariseus perguntaram a Jesus sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus” Lc 17,20a.

“No tempo de Jesus, havia uma verdadeira febre de fim de mundo. Discutia-se, com vivo interesse, a questão de quando o Reino de Deus haveria de chegar. A dominação romana, na Palestina, fazia crescer ainda mais o desejo de tempos novos, sem opressão e perseguição, onde a vida do povo fosse regida somente por Deus. A Festa da Páscoa era uma ocasião excelente para fazer reacender a esperança da libertação. Jesus recusou-se, de maneira taxativa, a deixar-se levar por estas correntes escatológicas que queriam submeter o Reino de Deus a seus programas, descurando a verdadeira ação de Deus na história humana. O apelo de Jesus orientou-se para responsabilidade humana de preparar-se, com toda a liberdade e seriedade, para o encontro com o Senhor. Isso não se faz correndo, de cá para lá, em busca de fatos extraordinários ou de figuras messiânicas, identificando-os como sinais premonitórios da consumação do Reino. Tudo isso se tornava desnecessário, porque o Reino já tinha despontado no meio do povo, na pessoa de Jesus, o Filho do Homem. Observando as palavras e gestos de Jesus era possível confrontar-se com uma história humana onde Deus exercia o senhorio absoluto. E todo aquele que tivesse a coragem de deixa-lo ser o Senhor de sua vida, tornar-se-ia a personificação do Reino, como Jesus. – Senhor Jesus, que eu seja como tu, personificação do Reino na História, deixando Deus ser o Senhor absoluto da minha vida (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite