(Sb 7,22—8,1; Sl 118[119]; Lc 17,20-25)
32ª Semana do Tempo Comum.
“Os fariseus
perguntaram a Jesus sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus” Lc 17,20a.
“No tempo de Jesus,
havia uma verdadeira febre de fim de mundo. Discutia-se, com vivo interesse, a
questão de quando o Reino de Deus haveria de chegar. A dominação romana, na
Palestina, fazia crescer ainda mais o desejo de tempos novos, sem opressão e
perseguição, onde a vida do povo fosse regida somente por Deus. A Festa da
Páscoa era uma ocasião excelente para fazer reacender a esperança da
libertação. Jesus recusou-se, de maneira taxativa, a deixar-se levar por estas
correntes escatológicas que queriam submeter o Reino de Deus a seus programas,
descurando a verdadeira ação de Deus na história humana. O apelo de Jesus
orientou-se para responsabilidade humana de preparar-se, com toda a liberdade e
seriedade, para o encontro com o Senhor. Isso não se faz correndo, de cá para
lá, em busca de fatos extraordinários ou de figuras messiânicas,
identificando-os como sinais premonitórios da consumação do Reino. Tudo isso se
tornava desnecessário, porque o Reino já tinha despontado no meio do povo, na
pessoa de Jesus, o Filho do Homem. Observando as palavras e gestos de Jesus era
possível confrontar-se com uma história humana onde Deus exercia o senhorio
absoluto. E todo aquele que tivesse a coragem de deixa-lo ser o Senhor de sua
vida, tornar-se-ia a personificação do Reino, como Jesus. – Senhor
Jesus, que eu seja como tu, personificação do Reino na História, deixando Deus
ser o Senhor absoluto da minha vida” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).