(Rm 14,7-12; Sl 26[27]; Lc 15,1-10)
31ª Semana do Tempo Comum.
“Eu vos digo, assim
haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte
do que por noventa e
nove justos que não precisam de conversão” Lc 15,7.
“Os rigorosos
fariseus e mestres da Lei esperavam de Jesus um tratamento duro para com os
pecadores. Por isso, não viam com bons olhos a misericórdia que lhes era
dispensada. Jesus acolhia os pecadores e comia com eles, com toda naturalidade,
sem se importar com os preconceitos de que eram vítimas. Afinal, fora enviado
para salvá-los dos seus pecados. A diferença entre a atitude de Jesus e a de
seus adversários estava na maneira como cada qual via a imagem de Deus. Para
estes últimos, essa imagem centrava-se na Lei. Portanto, um Deus legalista que
se alegrava em ver pessoas submissas a seus ditames rígidos e que marginalizava
quem ousasse desrespeitá-los. Um Deus que cindia a humanidade em dois blocos: o
bloco dos bons, correspondente aos praticantes da Lei, e o bloco dos maus,
correspondente aos pecadores. Os primeiros eram dignos de elogios e salvação,
os outros, dignos de censura e de condenação. A teologia de Jesus era bem
diferente. Para ele, Deus era o Pai misericordioso, cujo amor destina-se, em
primeiro lugar, aos pecadores e marginalizados. Sua alegria não consiste em
condená-los, e sim em vê-los convertidos, reencontrando o bom caminho. Os bons
e santos, basta que continuem firmes no caminho da fidelidade. Quanto aos
pecadores, o Pai vai ao encontro deles e fica feliz quando os reencontra.
– Senhor, Jesus. Ajuda-me a conhecer a imagem misericordiosa de Deus,
que vai ao encontro dos pecadores e se alegra, quando estes se convertem” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite