Quinta, 4 de novembro de 2021

(Rm 14,7-12; Sl 26[27]; Lc 15,1-10) 

31ª Semana do Tempo Comum.

“Eu vos digo, assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte

do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão” Lc 15,7.

“Os rigorosos fariseus e mestres da Lei esperavam de Jesus um tratamento duro para com os pecadores. Por isso, não viam com bons olhos a misericórdia que lhes era dispensada. Jesus acolhia os pecadores e comia com eles, com toda naturalidade, sem se importar com os preconceitos de que eram vítimas. Afinal, fora enviado para salvá-los dos seus pecados. A diferença entre a atitude de Jesus e a de seus adversários estava na maneira como cada qual via a imagem de Deus. Para estes últimos, essa imagem centrava-se na Lei. Portanto, um Deus legalista que se alegrava em ver pessoas submissas a seus ditames rígidos e que marginalizava quem ousasse desrespeitá-los. Um Deus que cindia a humanidade em dois blocos: o bloco dos bons, correspondente aos praticantes da Lei, e o bloco dos maus, correspondente aos pecadores. Os primeiros eram dignos de elogios e salvação, os outros, dignos de censura e de condenação. A teologia de Jesus era bem diferente. Para ele, Deus era o Pai misericordioso, cujo amor destina-se, em primeiro lugar, aos pecadores e marginalizados. Sua alegria não consiste em condená-los, e sim em vê-los convertidos, reencontrando o bom caminho. Os bons e santos, basta que continuem firmes no caminho da fidelidade. Quanto aos pecadores, o Pai vai ao encontro deles e fica feliz quando os reencontra. – Senhor, Jesus. Ajuda-me a conhecer a imagem misericordiosa de Deus, que vai ao encontro dos pecadores e se alegra, quando estes se convertem (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

  Pe. João Bosco Vieira Leite