(Sb 6,1-11; Sl 81[82]; Lc 17,11-19)
32ª Semana do Tempo Comum.
“Não houve quem
voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?” Lc 17,18.
“O reconhecimento e
gratidão são sentimentos nobres de quem sabe acolher como dom os benefícios
recebidos de Deus. Apesar de serem tantas as pessoas beneficiadas por seus
milagres, Jesus estava atento para este aspecto. Não lhe passava despercebida a
reação de quem se via curado por obra de seu amor misericordioso. Por ocasião
da cura de dez leprosos, só um teve a gentileza de voltar para agradecer a
Jesus. E era um samaritano, portanto, um estrangeiro, na mentalidade dos judeus.
A gratidão brotou de um excluído e desprezado como pagão. Só ele foi capaz de
glorificar a Deus, cujo Reino se fez presente em sua vida pela ação de Jesus. O
gesto de adoração do samaritano, prostrado com o rosto em terra, aos pés do
Mestre, demonstrou a consolidação de sua fé naquele, a quem recorrera com tanta
confiança. E foi salvo pela fé. O que se passou com os outros nove curados? Por
que não voltaram para agradecer o dom da cura, que lhes permitiu reconquistar o
direito de cidadania? Talvez, se tivessem esquecido de quem havia recebido um
dom totalmente gratuito, ou pensassem que Jesus havia feito simplesmente sua
obrigação. Logo, não era necessário voltar para agradecer-lhe. É a ingratidão
de quem, sendo agraciado com os benefícios divinos, permanece fechado aos
apelos do Reino de Deus. – Senhor Jesus, quero ter um coração
agradecido, que saiba reconhecer tantos benefícios que eu, sem mérito algum,
recebo, cada dia, de ti” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite