(Rm 13,8-10; Sl 11[112]; Lc 14,25-33)
31ª Semana do Tempo Comum.
“O amor não faz
nenhum mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento perfeito da Lei” Rm 13,10.
“Com o início do
horário de verão, André podia jogar bola na praça de seu bairro depois das
aulas do período da tarde. Certo dia, em meio ao joguinho, um menino do outro
time deu-lhe um empurrão, fazendo com que ele caísse no chão, esfolando a
canela. Espumando de raiva, ele olhou para o menino que fizera a falta e disse:
‘Te prepara porque terás o troco’. Maldade, quanta maldade não acontece todos
os dias, não é mesmo? Os noticiários das emissoras de TV nos falam de pessoas
assaltadas, torturadas e mortas de modo banal, de arrastões em bares e
restaurantes com atos de crueldade, de crianças, recém-nascidas, abandonadas em
caixas de papelão pela própria mãe, de filhos que matam os pais para comprarem
drogas, de pais que molestam sexualmente seus filhos menores, mantendo-os em
cárcere privado. Maldades e mais maldades, não é mesmo? O Apóstolo Paulo,
baseado na Lei divina, deixa bem claro no texto bíblico acima de que o amor não
pratica o mal contra o próximo. O André, do joguinho de bola após o colégio,
não pode, como filho de Deus, vingar-se, praticando o mal. É verdade, tentado
fazer o mal, ele e cada um de nós o é. Eis a razão para sempre de novo orarmos
pedindo que Deus não nos deixe cair em tentação. Eu, que estou escrevendo esta
mensagem que você agora está lendo, sim, eu sei, por experiência própria, que
não retribuir o mal com o mal não é fácil. Eu próprio já me flagrei desobedecendo
à lei do amor ao próximo. Mas que bom que ao me flagrar, arrependido, pude
pedir perdão a Deus na certeza de que Ele sempre acolhe e perdoa ao que assim
age. Que nós, inspirados no amor de Cristo, não pratiquemos o mal contra
ninguém. Que nós, quando formos vítimas da maldade humana, não busquemos a
vingança, mas sim que busquemos no Senhor forças para perdoarmos os que nos
pedirem o perdão. Amém. – Pai nosso, aumenta em nós o amor para que não
façamos o mal a ninguém. Amém” (Egon Martim Seibert – Meditações
para o dia a dia [2015] Vozes).
