Sábado, 20 de novembro de 2021

(1Mc 6,1-13; Sl 9A[9]; Lc 20,27-40) 

33ª Semana do Tempo Comum.

“Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele” Lc 20,28.

“Os saduceus achavam impossível a ressurreição dos mortos. Quanto à moral, eram relaxados; quanto à religião, conservadores. Para eles, apenas a Torá, os cinco primeiros livros da Bíblia eram aceitos como divinos e inspirados. Controlavam as atividades do Templo, especialmente a enorme circulação de dinheiro, e o comércio. Aliaram-se aos dominadores romanos como forma de garantir bem-estar. E pensando em desmoralizar Jesus, fazendo-o passar por tolo, pensavam em enredá-lo numa grande pergunta impossível de ser respondida e, assim, acusa-lo de pregar uma doutrina sem fundamento. Com isso, queriam desautorizá-lo como Mestre. Pela via do absurdo, tendo por base a chamado Lei do Levirato, prescrita pelo Deuteronômio, inventaram o caso de uma mulher que tinha se casado com sete irmãos. Ela seria esposa de quem, na hipótese de haver ressurreição? Os saduceus queriam medir a outra vida com os critérios desta e, assim, não dava certo. Ao acompanhar a resposta de Jesus, deviam superar a ideia de que a procriação humana continua no céu, onde as pessoas vivem uma felicidade perfeita, sem as vicissitudes humanas. Deviam ler com mais atenção a parte da Bíblia à qual estavam apegados e verificar que ela fala de um Deus dos vivos e não dos mortos. Jesus vai direto à razão de nossa esperança na ressurreição. Ela depende de Deus, não de nós. Ela será obra de Deus, não nossa. ‘Para Deus todos vivem’. Deviam deixar de lado um modo de pensar falso e sofisticado, sem fundamento. Pois, se Deus vive e é Deus dos vivos, aqueles aos quais Ele ama haverão de viver, igualmente, para sempre. Nós acreditamos no poder de Deus que nos fará viver de novo e garante que nos dará outra vida melhor ainda. Tal é o fundamento da ressurreição dos mortos. – Pai, Deus da vida e Deus dos vivos, queres todos os seres humanos em comunhão contigo. Ajuda-me a viver, já nesta vida, esta comunhão eterna (Sônia de Fátima Marani Lunardelli – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes). 

 Pe. João Bosco Vieira Leite