Segunda, 29 de novembro de 2021

(Is 2,1-5; Sl 121[122]; Mt 8,5-11) 

1ª Semana do Advento.

“O oficial disse: ‘Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa.

Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado’” Mt 8,8.

“A exclamação do oficial romano – ‘Senhor, eu não sou digno de que entres em mina casa’ – expressa a condição de todo cristãos, diante da iminente vinda do Senhor: somos todos indignos. A dignidade constrói-se pelo engajamento na luta por construir um mundo de amor e de justiça, compatível com o projeto de Deus, proclamado por Jesus. Resulta de um esforço gigantesco de neutralizar as consequências do egoísmo no coração humano, de forma que este recupere o primado da misericórdia e do perdão. Expressa-se num modo de proceder modelado no proceder de Jesus. A preparação para receber o Senhor acontece em meio às tensões da vida e às múltiplas solicitações provindas do mau espírito. Sob o impacto dessas pressões, o discípulo precisa estar pronto, quando o Senhor chegar. Daí a necessidade de um contínuo discernimento, para saber por onde ir e como caminhar, sem se desviar da meta. Caso contrário, correrá o risco de trilhar o caminho errado. Contudo, a consciência da própria indignidade não pode descambar para um estado de autodesvalorização, cujo efeito seria bloquear toda a iniciativa para superar as próprias limitações. Preparando-nos para acolher o Senhor, o pecador deve saber-se amado e valorizado por Deus, que o predispõe para abrir-se à ação da graça. – Espírito que predispõe para acolher o Senhor, que eu tome consciência de ser pecador, mas amado por Deus, o qual, com sua graça, me torna digno de acolher o Messias que vem (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).      

 Pe. João Bosco Vieira Leite