Quarta, 17 de novembro de 2021

(2Mc 7,1.20-31; Sl 16[17]; Lc 19,11-28) 

33ª Semana do Tempo Comum.

“O homem disse: ‘Servo mau, eu te julgo pela tua própria boca. Tu sabias que eu sou um homem severo, que recebo o que não dei e colho o que não semeei” Lc 19,22.

“Na parábola que Jesus contou (Lc 19,11-28) há um nobre que deve partir para receber a investidura do reino e depois voltar. Neste meio tempo, confia a seus servos somas de dinheiro (cem moedas de prata) para que negociem como quiserem. É o primeiro quadro. No segundo, entram em cena seus concidadãos que hostilizam sua candidatura e mandam delegação à autoridade central para que lhe retirem a confiança e o encargo. Não o conseguem, e o senhor recebe a investidura. De volta, vai se entender antes com os ‘empregados’ aos quais confiou parte de seus tesouros e, depois, com os inimigos que se opuseram à sua eleição. Com uns e outros instaura severa prestação de contas (juízo). O recurso aos servos indica que o Senhor deseja pôr outros a par da sua administração: dos riscos e das possíveis vantagens. O comportamento dos servos é desigual. Há quem compreendeu a importância da tarefa e quem não a compreendeu. A cada um fora entregue uma soma. O primeiro a decuplicou, o segundo quintuplicou. O último, que nem movimentou a soma, ficou sem nada. Os protagonistas do episódio com Jesus (o senhor que parte para a investidura), com os concidadãos, entre os quais os discípulos (os empregados), com os inimigos (seus habituais adversários). O soberano, que de longe convoca o ‘senhor’ para tomar posse do reino, é Deus. – Senhor Deus, doador de todos os bens, tornai-nos responsáveis diante dos favores que nos concedeis, e ensinai-nos a empregar em favor dos irmãos o que generosamente nos dais. Amém (Ralfy Mendes de Oliveira – Graças a Deus [1995] – Vozes).

  Pe. João Bosco Vieira Leite