Sábado, 13 de novembro de 2021

(Sb 18,14-16; 19,6-9; Sl 104[105]; Lc 18,1-8) 

32ª Semana do Tempo Comum.

“E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que dia noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar?”

Lc 18,7.

“Para ensinar que é preciso rezar sempre e não desanimar, Jesus contou a parábola do juiz iníquo e da viúva, onde a viúva é símbolo da pessoa desamparada. Ela consegue, no entanto, a custo de sua perseverança, ser atendida pelo mau juiz. Diante da insistência da mulher, diz o juiz: ‘Embora não tema a Deus nem respeite os homens, todavia, porque esta viúva me aborrece, vou fazer-lhe justiça’. E Jesus acrescentou: ‘Ouvi o que diz este juiz iníquo. E Deus não fará justiça aos eleitos que clamam por ele dia e noite, mesmo quando os fizer esperar? Digo-vos que em breve lhes fará justiça’. Mas o Senhor acrescenta que, para isso, é preciso fé: ‘Quando vier o filho do homem, encontrará fé na terra?’ Só nos é possível caminhar bem nesta vida à luz da fé. Quando esta nos falta, paramos. Voltamos a pensar que as coisas deste mundo sejam capazes de nos dar alegria, e de criar espaços de liberdade capazes de encher-nos o coração. Sentimo-nos então satisfeitos e deixamos a oração e já não somos os ‘eleitos que clamam dia e noite’ para recuperar a liberdade de amar e ser amado com paz e abertura de coração, com confiança e bondade, com generosidade e alegria. Ensina-nos também esta parábola que Jesus dá preferência aos que são realmente pobres, àqueles a quem um mundo injusto privou de dignidade e de possibilidade de vida, conforme a imagem da viúva. – Senhor Jesus, tornai-nos mais solidários com nosso irmãos e irmãs mais necessitados. Estaremos assim edificando um mundo novo para vós. Amém (Ralfy Mendes de Oliveira – Graças a Deus [1995] – Vozes).  

Pe. João Bosco Vieira Leite