(Sb 18,14-16; 19,6-9; Sl 104[105]; Lc 18,1-8)
32ª Semana do Tempo Comum.
“E Deus não fará
justiça aos seus escolhidos, que dia noite gritam por ele? Será que vai
fazê-los esperar?”
Lc 18,7.
“Para ensinar que é
preciso rezar sempre e não desanimar, Jesus contou a parábola do juiz iníquo e
da viúva, onde a viúva é símbolo da pessoa desamparada. Ela consegue, no
entanto, a custo de sua perseverança, ser atendida pelo mau juiz. Diante da
insistência da mulher, diz o juiz: ‘Embora não tema a Deus nem respeite os
homens, todavia, porque esta viúva me aborrece, vou fazer-lhe justiça’. E Jesus
acrescentou: ‘Ouvi o que diz este juiz iníquo. E Deus não fará justiça aos
eleitos que clamam por ele dia e noite, mesmo quando os fizer esperar? Digo-vos
que em breve lhes fará justiça’. Mas o Senhor acrescenta que, para isso, é
preciso fé: ‘Quando vier o filho do homem, encontrará fé na terra?’ Só nos é
possível caminhar bem nesta vida à luz da fé. Quando esta nos falta, paramos.
Voltamos a pensar que as coisas deste mundo sejam capazes de nos dar alegria, e
de criar espaços de liberdade capazes de encher-nos o coração. Sentimo-nos
então satisfeitos e deixamos a oração e já não somos os ‘eleitos que clamam dia
e noite’ para recuperar a liberdade de amar e ser amado com paz e abertura de
coração, com confiança e bondade, com generosidade e alegria. Ensina-nos também
esta parábola que Jesus dá preferência aos que são realmente pobres, àqueles a
quem um mundo injusto privou de dignidade e de possibilidade de vida, conforme
a imagem da viúva. – Senhor Jesus, tornai-nos mais solidários com nosso
irmãos e irmãs mais necessitados. Estaremos assim edificando um mundo novo para
vós. Amém” (Ralfy Mendes de Oliveira – Graças a Deus [1995]
– Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite