Sexta, 18 de junho de 2021

(2Cor 11,18.21-30; Sl 33[34]; Mt 6,19-23) 

11ª Semana do Tempo Comum.

“Não junteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destorem e os ladrões assaltam e roubam”

Mt 6,19.

“Os discípulos do Reino são ensinados a se relacionar, de maneira livre, com os bens deste mundo. É sempre grande o risco de se apegarem às riquezas materiais, a ponto de se esquecerem de que só Deus é Absoluto. Jesus distinguiu entre os tesouros da terra e os tesouros do céu. Porém, é preciso entender bem o que ele quis ensinar. Uma forma equivocada seria pensar em dois mundos, sendo que o mundo aqui em baixo não vale nada; tendo valor só o outro mundo, o céu. E, como consequência, desvalorizar a vida na terra e ansiar pelo céu, onde está a vida verdadeira. O horizonte cultural do tempo de Jesus não dava margem para este modo de pensar dualista, vendo a realidade cindida em duas partes. Para Jesus, o tesouro da terra são os bens passíveis de enferrujar e ser destruídos ou, então, roubados e assaltados. O tesouro do céu corresponde aos gestos de bondade e de misericórdia em relação ao próximo. Quando mais o discípulo do Reino faz o bem, tanto mais ajunta o tesouro do céu. Numa sociedade capitalista e consumista, o ensinamento do Mestre torna-se uma exigência. Os discípulos correm o risco de cair na tentação de acumular e desfrutar, tornando-se insensíveis aos irmãos sofredores, carentes de misericórdia. A tentação do consumo pode fechar-lhes o coração. – Senhor Jesus, livra-me da tentação de acumular e desfrutar, consciente de que devo juntar os tesouros do céu, com o bem feito a meu próximo (Jaldemir Vitório – Dia a dia nos passos de Jesus [Ano B] – Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite