Sábado, 19 de junho de 2021

(2Cor 12,1-10; Sl 33[34]; Mt 6,24-34) 

11ª Semana do Tempo Comum.

“Mas ele disse-me: ‘Basta-te a minha graça. Pois é na fraqueza que a força se manifesta’. Por isso, de bom grado, eu me gloriarei das minhas fraquezas, para que a força de Cristo habite em mim’” 2Cor 12,9.

“Este versículo faz parte do vigoroso discurso de Paulo dirigido à Igreja de Deus que está em Corinto e a todos os santos em toda a Acaia. Faz referência às pessoas que o atacam. Há desconfiança quanto ao seu ministério. Brigas internas estão acontecendo. Cita a ‘soberba-altivez’ que, deixada solta, faz grandes estragos a si próprio e a toda a Igreja. Há um curioso espinho na carne que os exegetas tentam decifrar como epilepsia, doença nos olhos, malária, lepra, enxaqueca, depressão, gagueira, falsos mestres. Este espinho é como um aguilhão que o esbofeteia ‘para eu não me encher de soberba’. Até pediu a Deus, por três vezes, que o livrasse desse incômodo, porém agora confessa que a graça de Deus é mais importante. Paulo, mais que outros apóstolos, conheceu de perto a graça divina. Sua vida de perseguidor da Igreja se tornou nova pela graça de Deus. Faz referência às grandezas das revelações de Deus. Cita o amor de Cristo que o fortalece. Graça e favor de Deus que beneficia o pecador. Quebra qualquer conceito comum que estabelece exigências. Faz parte das suas misericórdias que não tem fim e são a causa de não sermos consumidos’ (Lm 3,22). Algum espinho sempre temos: doença, fraqueza, limitação. Eles, em geral, nos tornam pessoas maduras. É neste instante que a graça de Deus abre um novo horizonte. Faz enxergar a vida do ponto de vista da revelação de Deus, do seu amor, da sua graça. É assim que Deus quer fortalecer os seus. Esta graça é suficiente. É bastante. É perfeita. – Profusa graça queres dar ao frágil coração, e os tardos pés fazer andar na tua retidão. Amém (Arnaldo Hoffmann Filho – Meditações para o dia a dia [2015] Vozes).       

 Pe. João Bosco Vieira Leite