(2Cor 12,1-10; Sl 33[34]; Mt 6,24-34)
11ª Semana do Tempo Comum.
“Mas ele disse-me:
‘Basta-te a minha graça. Pois é na fraqueza que a força se manifesta’. Por
isso, de bom grado, eu me gloriarei das minhas fraquezas, para que a força de
Cristo habite em mim’” 2Cor 12,9.
“Este versículo faz
parte do vigoroso discurso de Paulo dirigido à Igreja de Deus que está em
Corinto e a todos os santos em toda a Acaia. Faz referência às pessoas que o
atacam. Há desconfiança quanto ao seu ministério. Brigas internas estão
acontecendo. Cita a ‘soberba-altivez’ que, deixada solta, faz grandes estragos
a si próprio e a toda a Igreja. Há um curioso espinho na carne que os exegetas
tentam decifrar como epilepsia, doença nos olhos, malária, lepra, enxaqueca,
depressão, gagueira, falsos mestres. Este espinho é como um aguilhão que o
esbofeteia ‘para eu não me encher de soberba’. Até pediu a Deus, por três
vezes, que o livrasse desse incômodo, porém agora confessa que a graça de Deus
é mais importante. Paulo, mais que outros apóstolos, conheceu de perto a graça
divina. Sua vida de perseguidor da Igreja se tornou nova pela graça de Deus.
Faz referência às grandezas das revelações de Deus. Cita o amor de Cristo que o
fortalece. Graça e favor de Deus que beneficia o pecador. Quebra qualquer
conceito comum que estabelece exigências. Faz parte das suas misericórdias que
não tem fim e são a causa de não sermos consumidos’ (Lm 3,22). Algum espinho
sempre temos: doença, fraqueza, limitação. Eles, em geral, nos tornam pessoas
maduras. É neste instante que a graça de Deus abre um novo horizonte. Faz
enxergar a vida do ponto de vista da revelação de Deus, do seu amor, da sua
graça. É assim que Deus quer fortalecer os seus. Esta graça é suficiente. É
bastante. É perfeita. – Profusa graça queres dar ao frágil coração, e
os tardos pés fazer andar na tua retidão. Amém” (Arnaldo
Hoffmann Filho – Meditações para o dia a dia [2015]
Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite