(Gn 15,1-12.17-18; Sl 104[105]; Mt 7,15-20)
12ª Semana do Tempo Comum.
“Assim, toda árvore
boa produz frutos bons, e toda árvore má produz frutos maus” Mt 7,17.
“A semente que cai na
beira da estrada é pisoteada e levada pelo vento. A semente que cai entre
espinhos cresce, mas os espinhos crescem mais e a sufocam. A semente que cai
entre as rochas não consegue criar raízes, não cresce e não vai produzir. A
quem cai em terreno bom, cresce, produz 30, 60 u 100 por um. Jesus explica na
Parábola do Semeador, mais à frente no Evangelho de Mateus (Mt 13,3-9). Aqui
ele aponta para a relação entre o fruto e a árvore que o produz (cf. Mt
7,15-20). Trata-se de um aviso quanto aos falsos mestres, aqueles que usam a
Palavra de Deus em interesse próprio. Mas o que faz a árvore que brota dessa
Palavra semeada em nosso coração ficar doente e produzir fruto ruim? Será o
como preparamos o terreno para a colher essa semente? Será a falta de água em
nosso coração duro e pedregoso? Será que nossa amargura e falta de fé conseguem
adoecer nossa experiência de Deus, fazendo com que nossa presença e testemunho
prestem um desserviço ao Reino (fruto ruim)? Certo é que o terreno de nosso
coração depende de nossa boa vontade, de nossa disposição em acolher e cultivar
a semente da Palavra de Deus. Mas mesmo durante nossa vida de fé, de
participação, é necessário não sufocarmos essa árvore, não cobri-la com
preconceitos, por exemplo, para que ela não adoeça. Quando nossos interesses
tomam conta de tudo, nossa atitude muda, não aponta mais para Deus, mas se
torna viciada, mesquinha, egoísta. – Louvado sejas, meu Senhor, pela
irmã e mãe, a terra, que produz frutos e nos dá o pão. Em ti, Senhor, queremos
transformar o terreno de nosso coração em terra boa, produzindo com alegria o
testemunho cristão, frutificando em boas obras, te louvando a todo instante.
Amém! ” (Clauzemir Makximovitz – Meditações para o dia a dia [2017]
– Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite