Quarta, 23 de junho de 2021

(Gn 15,1-12.17-18; Sl 104[105]; Mt 7,15-20) 

12ª Semana do Tempo Comum.

“Assim, toda árvore boa produz frutos bons, e toda árvore má produz frutos maus” Mt 7,17.

“A semente que cai na beira da estrada é pisoteada e levada pelo vento. A semente que cai entre espinhos cresce, mas os espinhos crescem mais e a sufocam. A semente que cai entre as rochas não consegue criar raízes, não cresce e não vai produzir. A quem cai em terreno bom, cresce, produz 30, 60 u 100 por um. Jesus explica na Parábola do Semeador, mais à frente no Evangelho de Mateus (Mt 13,3-9). Aqui ele aponta para a relação entre o fruto e a árvore que o produz (cf. Mt 7,15-20). Trata-se de um aviso quanto aos falsos mestres, aqueles que usam a Palavra de Deus em interesse próprio. Mas o que faz a árvore que brota dessa Palavra semeada em nosso coração ficar doente e produzir fruto ruim? Será o como preparamos o terreno para a colher essa semente? Será a falta de água em nosso coração duro e pedregoso? Será que nossa amargura e falta de fé conseguem adoecer nossa experiência de Deus, fazendo com que nossa presença e testemunho prestem um desserviço ao Reino (fruto ruim)? Certo é que o terreno de nosso coração depende de nossa boa vontade, de nossa disposição em acolher e cultivar a semente da Palavra de Deus. Mas mesmo durante nossa vida de fé, de participação, é necessário não sufocarmos essa árvore, não cobri-la com preconceitos, por exemplo, para que ela não adoeça. Quando nossos interesses tomam conta de tudo, nossa atitude muda, não aponta mais para Deus, mas se torna viciada, mesquinha, egoísta. – Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã e mãe, a terra, que produz frutos e nos dá o pão. Em ti, Senhor, queremos transformar o terreno de nosso coração em terra boa, produzindo com alegria o testemunho cristão, frutificando em boas obras, te louvando a todo instante. Amém! ” (Clauzemir Makximovitz – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes).   

 Pe. João Bosco Vieira Leite