(Gn 22,1-19; Sl 114[115]; Mt 9,1-8)
13ª Semana do Tempo Comum.
“Apresentaram-lhe,
então, um paralítico deitado numa cama. Vendo a fé que eles tinham,
Jesus disse ao
paralítico: ‘Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados! ’” Mt 19,2.
“A declaração de que
os pecados do homem paralítico tinham sido perdoados causou espanto nos
adversários de Jesus. Pareceu-lhes ser uma ofensa a Deus o que tinham acabado
de ouvir. Como alguém, no caso Jesus, tinha a ousadia de usurpar um poder
divino? Não podiam aceitar a afirmação do Mestre. Para eles, não passava de uma
autêntica blasfêmia. Jesus não se dobrou a esta interpretação maldosa e errada
de sua ação. Pelo contrário, declarou-se capaz de fazer algo mais, próprio de
Deus: curar a paralisia daquele homem. Demonstrando seu poder de curar, Jesus
manifestou sua condição de Filho do Homem, revestido de poderes que lhe foram
conferidos pelo Pai, para agir em nome dele. Assim, Jesus, que perdoou os
pecados daquele homem, também o libertou da sua limitação física. Portanto, ao
agir, Jesus se não prevalecia de um poder que não lhe pertencia. Ele não era um
inimigo de Deus. Antes, o instrumento escolhido por seu Pai para que a
humanidade se beneficiasse da ação divina de perdoar os pecados e de curar as
pessoas de seus males. O duplo gesto de Jesus deu-se na mais total fidelidade a
Deus, pois não era um concorrente nem usurpador dos poderes divinos. Contemplar
os gestos poderosos de Jesus era como ver Deus prodigalizando seus benefícios à
humanidade. Os inimigos do Mestre, porém, se recusavam a curvar-se diante da
evidência. – Senhor Jesus, que eu contemple, nos teus gestos poderosos,
a prodigalidade do amor de Deus à humanidade” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite