Segunda, 7 de janeiro de 2019


( 1Jo 3,22—4,6; Sl 2; Mt 4,12-17.23-25) 
Semana da Epifania.

“Daí em diante, Jesus começou a pregar, dizendo: ‘Convertei-vos, porque o reino dos céus está próximo”
Mt 4,17

“Podemos imaginar Jesus, no auge de suas forças físicas, aos 30 anos de idade, louro ou moreno (que importa?), alto, de cabelos longos, rosto bonito e olhos iluminados, com aspecto de rabi de Nazaré, interiorano, portanto, sem grandes experiências, à frente de um pequeno e tacanho grupo de pescadores e discípulos, e começando uma experiência arriscada e ainda sem muitos ouvintes. E este Jesus começa dizendo: ‘Convertei-vos, pois está próximo o reino dos céus’. Qual terá sido a reação dos que o ouviam nas pequenas praças das cidadezinhas do interior, nas ruas sem calçamento e desalinhadas, na afanosa Cafarnaum de Pedro, Tiago e João, filhos de Zebedeu, na pequena e insignificante Naim e em tantos outros lugares por onde terá passado? É difícil saber exatamente, mas podemos – quem sabe? – imaginar um pouco. Poderá ter chamado a atenção do povo seu porte físico, seu ardor de pregador, sua voz forte e decidida, o rude grupo que o acompanhava. Muitos o terão olhado com curiosidade, outros com admiração e outros ainda com certa desconfiança. Terá ele atraído a curiosidade das crianças, dos jovens, das mulheres, mas os velhos trabalhadores, sacerdotes e escribas, fariseus e saduceus ter-se-ão sentido certamente incomodados com o novo pregador. E, Jesus, como terá ele se sentido no começo de sua missão? Falava, diz o evangelista, ‘como quem tinha autoridade’. Dos evangelhos transparece uma pessoa convicta, inteligente, centrada em Deus e compadecida pela miséria dos sofredores. Sua pregação era simples e direta, tinha ele a paixão pela verdade e amava todas as pessoas, sem exceção. Tudo parecia resumir-se nestas palavras: ‘Convertei-vos, pois está próximo o reino dos céus’. São estas palavras que valem até hoje para os seus seguidores”. – Senhor Deus, grande e bom, queremos seguir Jesus, vosso Filho e nosso irmão, escutá-lo como mestre do Evangelho, viver como ele viveu e amar como só ele amou. Amém”  (Neylor J. Tonin – Graças a Deus  (1995) – Vozes).

OBS: O restante dessa semana da Epifania traz as reflexões de Sandro Bussinger Sampaio, de tradição presbiteriana, uma ou outra colocação pode soar ‘estranha’ ou exagerada. Fique apenas com aquilo que lhe permite ampliar sua meditação da Palavra expressa na Primeira Carta de São João. 
 Pe. João Bosco Vieira Leite