Sábado, 05 de janeiro de 2019


(1Jo 3,11-21; Sl 99[100]; Jo 1,43-51) 
Tempo do Natal.

“Natanael disse: ‘De Nazaré pode sair coisa boa? Filipe respondeu: ‘Vem ver!’” Jo 1,46.

“O versículo que temos diante de nós é um texto de chamamento e indicação. Parece que os discípulos de João ficaram encantados com o novo mestre. E um vai apresentando Jesus para o outro. Mas surge um problema de preconceito social: Jesus é de Nazaré. Biblicamente falando, Nazaré ‘não existia’. Não existe um só versículo no Primeiro Testamento fazendo referência a esse povoada. E ainda mais, esse povoado situava-se na periferia da Galileia que era completamente mal vista. O povo habitante dessa região era considerado incapaz de compreender a lei judaica por ser ignorante. Os sábios do pensamento intelectual do judaísmo da época não incentivavam ensino da lei ao povo da Galileia. O convite de Filipe ecoa até os dias de hoje. É necessário sair de si, sair daquilo que está velho para ir ao encontro do novo. Esse ir e estar com o Senhor nos permitirá enxergar verdadeiramente quem é Jesus. Para segui-lo não basta fixar-se em doutrinas, pode ou não pode, teorias, dogmas, mas na vivência. É um ato de locomoção de um lado para o outro não só aprendendo com o que os outros disseram, mas descobrindo o novo. Como é prazeroso ser missionário! Mas antes temos a tarefa de nos tornarmos discípulos. Alunos que precisam aprender com o seu mestre o que falar, como falar, o que fazer e como fazer. Cada dia é importante para refazermos nossos propósitos de seguimento a Jesus. Ser convidado para estar com o Mestre exige uma resposta. E qual será a nossa? – Ó Pai de bondade, ensina-nos o caminho para encontrarmos Jesus e nos tornarmos missionários e missionárias fervorosos. Amém!” (Gilberto Orácio de Aguiar – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes). 

Pe. João Bosco Vieira Leite