(Hb 3,7-14; Sl 94[95]; Mc 1,40-45)
1ª Semana do Tempo Comum.
“Ele foi e começou a
contar e a divulgar muito o fato. Por isso Jesus não podia mais entrar
publicamente numa cidade: ficava fora, em lugares desertos. E de toda parte
vinham procura-lo” Mc 1,45.
“Diz-se, normalmente,
para significar a rapidez de algum acontecimento, que ele corre mais do que
notícia ruim. Mas o bem também tem sua irradiação e é ele quem perdura mais
longamente, sendo o mal mais facilmente esquecido. As pessoas, em geral, não se
esquecem e até fazem questão de repetidamente proclamar o bem que, um dia
receberam dos outros. Quem não se lembra de um médico, quando atendeu com
atenção, ou de um amigo, quando nos ajudou num momento de aflição, ou de um
estranho, quando foi justo conosco? Nestas ocasiões, eles foram Jesus para nós,
curando-nos de nossas doenças, dando-nos coragem para continuar vivendo, ou
esperança para não desanimar nos perigos. Na verdade, não são necessários
grandes milagres; bastam-nos pequenos gestos para redescobrirmos a presença de
Deus na vida, graças aos outros. Jesus terá sido esta presença de Deus na vida,
graças aos outros. Jesus terá sido presença adensada de Deus na vida das
pessoas que o conheceram e a ele recorreram. Ele estendeu a mão e curou a sogra
de Pedro e limpou o leproso coma força da sua palavra: ‘Eu quero, fica limpo!’
a partir destes gestos, perdeu aparentemente a paz e a sua privacidade. Todos
acorriam a Ele, vindo procura-lo ‘de toda parte’. Cristo, no entanto, não se
envaideceu pelo bem que fazia. Ao invés de explorar a repercussão de seus atos,
‘ficava fora em lugares desertos’ deixando aos beneficiados a alegria pela cura
experimentada. Para Cristo, o importante era fazer o bem e assistir o povo em
suas necessidades. – Deus, grande e bom, arrancai de nós, hoje, toda
vaidade do bem. Dai-nos apenas um coração grande e bom, pronto para fazer o bem
para a alegria de nossos irmãos. Amém” (Neylor J. Tonin –Graças a
Deus (1995) – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite