Quinta, 03 de janeiro de 2019


(1Jo 2,29—3,6; Sl 97[98]; Jo 1,29-34) 
Tempo do Natal.

“Dele é que eu disse: Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia antes de mim” Jo 1,30.

“Depois de apresentar Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, João Batista relembra ao povo de quem ele havia falado. Se João Batista não era digno de desamarrar as sandálias de Jesus, agora o aponta indicando sua existência anterior a esse profeta. Mais uma vez, usa da humildade para apresentar Jesus ao povo. A figura de João Batista como precursor da Palavra viva alimenta em nós um modelo de referência que leva as pessoas até Jesus. Com João Batista aprendemos a apontar na direção de Jesus. A vida que vivemos poderá ser uma seta indicando aquele que é a Palavra viva fazendo possível a salvação. O ponto-final de nossas palavras e ações deveria ser o mais necessário e compreensível para indicarmos a direção na qual se encontra Jesus. Entretanto, nem sempre conseguimos. Quantas vezes temos formação, dizemos conhecer as Sagradas Escrituras, fazemos parte de grupos de oração, Escola Dominical, mas não conseguimos conduzir as pessoas até Jesus. João Batista reconheceu Jesus no meio da multidão e o apontou para que as pessoas soubessem quem era. Na nossa prática diária reconhecemos Jesus no meio da multidão? É fácil reconhecê-lo. Todo ser humano é a presença de Jesus. Foi Ele que nos disse: ‘Todas as vezes que fizestes isso a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes’ (Mt 25,40). Cada pessoa, por menor que pareça, é o próprio Jesus. Então, reconhecê-lo na multidão, como João o fez, torna-se assim a nossa tarefa. – Obrigado, Senhor, por conhecer o teu rosto naquelas pessoas que muitas vezes não cabem em nosso templos e projetos de agendas. Amém (Gilberto Orácio de Aguiar – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes). 

Pe. João Bosco Vieira Leite