(1Jo 2,29—3,6; Sl 97[98]; Jo 1,29-34)
Tempo do Natal.
“Dele é que eu disse:
Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia
antes de mim” Jo 1,30.
“Depois de apresentar
Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, João Batista relembra
ao povo de quem ele havia falado. Se João Batista não era digno de desamarrar
as sandálias de Jesus, agora o aponta indicando sua existência anterior a esse
profeta. Mais uma vez, usa da humildade para apresentar Jesus ao povo. A figura
de João Batista como precursor da Palavra viva alimenta em nós um modelo de
referência que leva as pessoas até Jesus. Com João Batista aprendemos a apontar
na direção de Jesus. A vida que vivemos poderá ser uma seta indicando aquele
que é a Palavra viva fazendo possível a salvação. O ponto-final de nossas
palavras e ações deveria ser o mais necessário e compreensível para indicarmos
a direção na qual se encontra Jesus. Entretanto, nem sempre conseguimos.
Quantas vezes temos formação, dizemos conhecer as Sagradas Escrituras, fazemos
parte de grupos de oração, Escola Dominical, mas não conseguimos conduzir as
pessoas até Jesus. João Batista reconheceu Jesus no meio da multidão e o
apontou para que as pessoas soubessem quem era. Na nossa prática diária
reconhecemos Jesus no meio da multidão? É fácil reconhecê-lo. Todo ser humano é
a presença de Jesus. Foi Ele que nos disse: ‘Todas as vezes que fizestes isso a
um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes’ (Mt
25,40). Cada pessoa, por menor que pareça, é o próprio Jesus. Então,
reconhecê-lo na multidão, como João o fez, torna-se assim a nossa tarefa.
– Obrigado, Senhor, por conhecer o teu rosto naquelas pessoas que
muitas vezes não cabem em nosso templos e projetos de agendas. Amém” (Gilberto
Orácio de Aguiar – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite