(Is 35,1-10; Sl 84[85]; Lc 5,17-26)
2ª Semana do Advento.
“Pois, para que
saibais que o Filho do homem tem na terra poder de perdoar os pecados – disse
ao paralítico –, eu te digo: levanta-te, pega o leito e vai para casa” Lc 5,25.
“Depois de ter sido
batizado por João e tentado no deserto, Jesus voltou para a Galileia, onde
começou a ensinar nas sinagogas e era elogiado por todos. Ao chegar a Nazaré,
porém, foi rejeitado pelos seus conterrâneos. Voltou, então, para Cafarnaum e
ali ensinava aos sábados na sinagoga. Lucas resume o sucesso desta pregação,
dizendo: ‘Eles ficavam admirados de sua doutrina porque sua palavra tinha
autoridade’ (4,32). Esta autoridade se manifestava também pelo poder de
expulsar demônios e de curar enfermidades (4,38-41). A autoridade e liberdade
com que Jesus ensinava incomodava os escribas, intérpretes autênticos da Lei.
Os fariseus, que se consideram modelos da fiel observância da Lei, o criticavam
porque fazia curas em dia de sábado e, até mesmo, na sinagoga (4,31-37). Mas
Jesus fazia o bem pelo bem. Por isso, à medida que sua fama crescia,
‘retirava-se para lugares desertos e se entregava à oração’ (5,16). Neste
contexto, Lucas introduz uma série de controvérsias de Jesus com os escribas e
fariseus. A primeira delas é sobre o seu poder de curar e perdoar pecados. No
lugar onde Jesus ensinava havia muita gente para ouvi-lo. Por isso, alguns
homens baixaram pelo telhado um homem paralítico, diante de Jesus. Admirado com
a fé solidária destes homens, diz ao paralítico: ‘Teus pecados estão
perdoados’. Os fariseus e escribas ali presentes acusam Jesus de blasfêmia,
pois só Deus pode perdoar pecados. Jesus responde à contestação de seu poder de
perdoar pecados e devolve ao paralítico também a saúde física. – Jesus,
Filho do Homem, pelo poder de Deus tantas pessoas foram por ti curadas de suas
doenças. Tu tens o poder de curar não só o corpo, mas também a alma das
pessoas. Perdoa os meus pecados, que me impedem de viver segundo a tua vontade,
para que possa viver como teus filhos. Amém”. (Egon Martin
Seibert – Meditações para o dia a dia (2015) – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite