Segunda, 03 de dezembro de 2018


(Is 2,1-5; Sl 121[122]; Mt 8,5-11) 
1ª Semana do Advento.

“Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado e disse aos que o seguiam: ‘Em verdade vos digo, nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé’” Mt 8,10.

“Ieschuá, examina e mede, pesa a convicção, a intuição daqueles que vêm a ele para pedir curas. Esta convicção funda-se em experiência anterior. Mas, em cada caso particular, ela espera uma nova verificação. Pode comportar certa dúvida, inquietação. É uma indução em que se pergunta se o caso presente vai verificar a regra que parecia estabelecida pelas experiências anteriores. Se não houver dúvida, nenhum hesitação, Ieschuá diz que a fé é grande a age em consequência. Quando verifica nos homens e nas mulheres esta ‘pistis’, esta fé, que é confiança nele, fundada no discernimento intuitivo daquilo que ele é, na compreensão profunda daquilo que ele é, compreensão fundada na experiência que ele constitui por seus atos, sua pessoa e seu ensinamento, - Ieschuá diz com frequência: ‘Teus pecados te são perdoados’. Por que diz isso? Parece-nos que ele o diz porque este conhecimento daquilo que ele é, esta inteligência, este discernimento que é a fé no sentido evangélico do termo, é ela mesma o sinal e a manifestação de uma renovação interior, de certo esboço de santidade. Esta inteligência não é possível sem uma orientação sadia e santa da liberdade e da vontade. A inteligência e a vontade não são dissociáveis. Há um mérito nesta inteligência que é a fé, do mesmo modo que, segundo o Evangelho, há um pecado nesta inteligência que é a incredulidade, proveniente, diz Ieschuá, de um endurecimento do coração” (Cl. Tresmontant – O Ensinamento de Ieschuá de Nazaré – Paulinas).

  Pe. João Bosco Vieira Leite