(Sf 3,14-18a; Sl Is 12; Fl 4,4-7; Lc 3,10-18).
1. A alegria é a tônica da liturgia
desse domingo. Nossa liturgia da Palavra tem início com esse convite alegre do
profeta à Jerusalém, pois Deus está em seu meio por amor, para defender e
salvar. Deus também se alegra na resposta amorosa de Israel.
2. Não é difícil entender o convite a
alegrar-nos com a proximidade do Natal, manifestação do Deus conosco, o
Emanuel. Que alegria poderia ser mais verdadeira do que aquela que nos renova
em nossa caminhada, voltando o nosso coração para Ele?
3. Retornamos a mais um trecho da carta
aos Filipenses. A fé nos dá a certeza que o Senhor está próximo de cada um de
nós. Por que, então, perder a paz dessa presença que ultrapassa todo
entendimento e produz uma alegria de caráter espiritual profunda?
4. Se permanecermos serenos, seremos
capazes de não só testemunharmos a nossa fé, mas de melhor rezarmos e tomarmos
decisões acertadas no caminho.
5. Depois de nos ter apresentado João
Batista a partir do seu contexto histórico e geográfico/simbólico, Lucas nos
fala sobre a sua pregação. Ela tem um caráter prático e moral, mas também traz
o anúncio do Cristo, a boa nova do Pai que renova o mundo.
6. Lucas nos fala da multidão que o
busca, ao tempo que destaca algumas camadas sociais de escasso sentido ético,
marginalizados que o autor privilegia mostrando a busca que trazem dentro de
si. A ênfase, para todos, é o amor fraterno. Seu falar aqui é mais brando que
Marcos e Mateus.
7. A palavra é um convite a sermos
honestos, fiéis aos compromissos assumidos e principalmente não cometer abusos,
em qualquer forma de poder que nos seja concedido sobre coisas ou pessoas. Aqui
está a nossa responsabilidade pelo bem comum, um agir generoso e o respeito
pelos outros.
8. João coloca-se num segundo plano ao
apresentar Jesus, como mais forte do que ele, que traz um batismo no Espírito,
que purifica, em seu fogo, mais que a água. É essa ‘revolução’ no modo de
agir que pode nos trazer a alegria verdadeira do Natal, do hoje e do amanhã que
nos coloca sempre atentos à Sua presença entre nós.
9. “Senhor, ensina-nos a não
nos contentarmos com uma fé tíbia, mais carregada de medo e de pretensões do
que de autêntico amor. Fazei que nosso coração se deixe encher pela percepção
jubilosa da Vossa presença, e brote em nós a esperança animada pela Vossa doce
companhia” (Giuseppe Casarim – Lecionário Comentado –
Paulus). Amém.
Pe. João Bosco Vieira Leite