(Jr 33,14-16; Sl 24[25]; Lc 21,25-28.34-36).
1. Iniciando esse novo ano litúrgico,
nos preparamos para o Natal do Senhor com a liturgia do Advento. Esse tempo de
espera da vinda do Senhor no fim dos tempos está em sintonia com a esperança
messiânica do Antigo Testamento, de um reino davídico.
2. Retomamos as palavras de Jeremias
que se confirmarão em Jesus, para compreendermos o sentido novo que trouxe a
nossa história e a salvação realizada em nosso favor. Mas sabemos que vivemos
um tempo do ‘sim e ainda não’, que joga com o tempo presente o futuro que
aguardamos pela fé.
3. Para esse tempo presente pedimos ao
Senhor que nos mostre os seus caminhos, nos faça conhecer a sua estrada. Esse
lamento em forma de pedido encontrará sua resposta em Jesus: caminho verdade e
vida. Assim esse tempo também nos traz forte apelo de renovação em nossa fé.
4. Para esse tempo de espera, Paulo se
dirige aos tessalonicenses e a nós exortando-nos a um crescimento contínuo
nessa comunhão com Deus, que aqui ele chama de santidade. É no progresso
espiritual que em qualquer tempo podemos esperar o Senhor, sem nos darmos por
satisfeitos.
5. O evangelho nos traz um trecho do
discurso que Jesus faz ao chorar sobre Jerusalém, profetizando sua desventura e
destruição. Se o texto nos quer lançar um olhar sobre o futuro, ele é bastante
positivo, pois o fim está marcado pelo selo da libertação.
6. Mas não podemos olhar de modo
positivo o futuro se no presente não assumirmos uma atitude de vigilância sobre
nós mesmos, procurando ler os sinais que Deus nos envia através dos
acontecimentos terrenos.
7. É importante não descuidar da
oração; ela nos mantém em comunhão com a misericórdia desse Filho do homem que
nos julgará.
8. Esse juízo final quer nos
recordar que o nosso atuar no tempo não cairá no esquecimento, particularmente
o bem que fizermos. O tempo, mesmo com todos os seus desafios, nos é dado para
crescermos nessa perspectiva de um amor que é ao mesmo tempo divino e fraterno.
9. Com esses pequenos lembretes nos
colocamos na perspectiva das festas que se aproximam, “para que vossos corações
não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da
vida”. Amém!
Pe. João Bosco Vieira Leite