(1Rs 21,1-16; Sl 5; Mt 5,38-42)
11ª Semana do Tempo Comum.
As ações de Jezabel parecem coisa de
novela. Assim ela tenta satisfazer as vontades de seu fraco marido e ao mesmo
tempo impor seu poder sobre Israel. Mas como todo povo tem o governo que
merece, deixar-se corromper é uma forma de aprovar o modo de conduzir as
coisas. O salmo 5,2-3.5-7 fica entre a prostração de Acab e a injustiça sofrida
por Nabot. Atribuído a Davi, expressa um certo desânimo, mas termina como um
cântico de louvor. Pode ter sua origem em algum momento de perseguição ou
ataque do inimigo. “Desânimo é um buraco fundo e escuro – e todos já
estivemos nele. Já fracassamos em algum projeto; nos demos conta de que um
determinado sonho de vida nunca será alcançado; um relacionamento que começou
tão bem está rompido à nossa volta. Os que nos criticam também estão sempre
prontos para nos dar a mão – não para nos tirar do buraco, mas para cavar um
buraco um pouco mais fundo e empurrar-nos um pouco mais. Davi escreveu o salmo
5 a partir dessa perspectiva. Ele estava num buraco emocional, e o único jeito
era olhar para cima. [...] ‘Às vezes, não conseguimos colocar nossas orações em
palavras. Elas não passam de um choro. Mas o Senhor consegue compreender o
significado, pois ele ouve uma voz em nosso choro. Para um pai amoroso, o choro
de seus filhos é música, e tem uma influência que seu coração não pode
resistir’ (Charles Spurgeon)” (Douglas Connelly - Guia Fácil
para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).
Pe. João Bosco Vieira Leite