Segunda, 18 de junho de 2018


(1Rs 21,1-16; Sl 5; Mt 5,38-42) 
11ª Semana do Tempo Comum.

As ações de Jezabel parecem coisa de novela. Assim ela tenta satisfazer as vontades de seu fraco marido e ao mesmo tempo impor seu poder sobre Israel. Mas como todo povo tem o governo que merece, deixar-se corromper é uma forma de aprovar o modo de conduzir as coisas. O salmo 5,2-3.5-7 fica entre a prostração de Acab e a injustiça sofrida por Nabot. Atribuído a Davi, expressa um certo desânimo, mas termina como um cântico de louvor. Pode ter sua origem em algum momento de perseguição ou ataque do inimigo. “Desânimo é um buraco fundo e escuro – e todos já estivemos nele. Já fracassamos em algum projeto; nos demos conta de que um determinado sonho de vida nunca será alcançado; um relacionamento que começou tão bem está rompido à nossa volta. Os que nos criticam também estão sempre prontos para nos dar a mão – não para nos tirar do buraco, mas para cavar um buraco um pouco mais fundo e empurrar-nos um pouco mais. Davi escreveu o salmo 5 a partir dessa perspectiva. Ele estava num buraco emocional, e o único jeito era olhar para cima. [...] ‘Às vezes, não conseguimos colocar nossas orações em palavras. Elas não passam de um choro. Mas o Senhor consegue compreender o significado, pois ele ouve uma voz em nosso choro. Para um pai amoroso, o choro de seus filhos é música, e tem uma influência que seu coração não pode resistir’ (Charles Spurgeon)”  (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).

 Pe. João Bosco Vieira Leite