Quinta, 28 de junho de 2018


(2Rs 24,8-17; Sl 78[79]; Mt 7,21-29) 
12ª Semana do Tempo Comum.

“Naquele dia, muitos vão me dizer: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres?” Mt 7,22.

“O Evangelho não esconde a decepção e a surpresa que haverá no dia do julgamento. Às moças sem juízo que chegam atrasadas na festa o Senhor dirá: ‘não conheço vocês’. Enquanto os justos são recebidos na casa do Pai. Os que ficaram para fora perguntarão: ‘quando foi que te vimos com fome, com sede, sem roupa, sem moradia?...’ O convidado que estava sem a veste nupcial fica fora do banquete. Costumamos usar como critério para distinguir entre bem e mal a ‘voz da consciência’. Se nossa consciência está em paz, tudo bem. O critério do Evangelho, porém, não é esse. Tanto as moças imprudentes, como os cabritos do juízo final pareciam estar com a consciência muito tranquila. Daí o convite à vigilância permanente e à fidelidade até nas coisas pequenas. Acomodamo-nos com facilidade em nossa fé e nossas práticas de vida cristã, como se viajássemos no ‘piloto automático’ da religião. E quantas coisas fazemos em nome da religião, em nome de Deus que passam longe daquilo que o Evangelho propõe. Basta dar uma olhada na convivência entre os membros de nossas próprias comunidades, na pilha de interesses que gira em torno das nossas instituições de caridade, na incoerência que se instala entre o nosso discurso e as nossas atitudes. – Não são aqueles que dizem ‘Senhor, Senhor’ que têm lugar garantido na mesa do Pai. Livra-nos, Jesus, enquanto caminhamos, de toda falsidade e acomodação, para que estejamos vigilantes e atentos aos teus sinais. Amém (João Bosco Barbosa – Graças a Deus (1995) – Vozes).

  Pe. João Bosco Vieira Leite