Quarta, 13 de julho de 2018


(1Rs 18, 20-39; Sl 15[16]; Mt 5,17-19) 
10ª Semana do Tempo Comum.

Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado o menor no reino dos céus. Porém quem as praticar será considerado grande no reino dos céus”. Mt 5,19
                
       Jesus se apresenta como aquele que veio para dar mais claridade e compreensão aos mandamentos divinos, não para revoga-los, adverte aos seus ouvintes (por “lei e os profetas” compreendamos a Sagrada Escritura). Nesse sentido devemos estar abertos ao que Jesus nos diz e praticar o que nos pede sem medo de não ter presente a vontade divina. O ‘pleno cumprimento’ é algo mais amplo do que Ele enquanto judeu viveu e praticou, mas enquanto Messias, ele realiza todas as promessas nelas contidas.  Para quem verdadeiramente se volta para Deus não existe lei maior ou menor, mas o valor, a sabedoria neles contida: “Não se trata de fidelidade formal à letra, mas de uma abertura que assinala o ser humano em sua totalidade, até o cerne de sua pessoa, para o desígnio salvífico de Deus que se revela nas prescrições da Sagrada Escritura. A partir dessa abertura amorosa para Deus cresce aquela atitude que considera a perfeição de Deus (5,48) como medida absoluta do próprio fazer ensinar. Contudo, daí resulta que a pergunta a propósito da hierarquia de mandamentos não corresponde propriamente ao relacionamento novo, verdadeiramente cristão para com a Lei e a legalidade, pois ao amor não interessa se a prescrição é pesada ou leve, significativa ou insignificante, mas se volta para o ser amado por quem ele se sabe interiormente responsável” (Franz Zeilinger – Entre o Céu e a Terra – Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite