(1Rs 18, 20-39; Sl 15[16]; Mt 5,17-19)
10ª Semana do Tempo Comum.
“Portanto, quem
desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros
a fazerem o mesmo será considerado o menor no reino dos céus. Porém quem as
praticar será considerado grande no reino dos céus”. Mt 5,19
Jesus se apresenta como aquele que veio para dar mais claridade e compreensão
aos mandamentos divinos, não para revoga-los, adverte aos seus ouvintes (por
“lei e os profetas” compreendamos a Sagrada Escritura). Nesse sentido devemos
estar abertos ao que Jesus nos diz e praticar o que nos pede sem medo de não
ter presente a vontade divina. O ‘pleno cumprimento’ é algo mais amplo do que
Ele enquanto judeu viveu e praticou, mas enquanto Messias, ele realiza todas as
promessas nelas contidas. Para quem verdadeiramente se volta para Deus
não existe lei maior ou menor, mas o valor, a sabedoria neles contida: “Não
se trata de fidelidade formal à letra, mas de uma abertura que assinala o ser
humano em sua totalidade, até o cerne de sua pessoa, para o desígnio salvífico
de Deus que se revela nas prescrições da Sagrada Escritura. A partir dessa
abertura amorosa para Deus cresce aquela atitude que considera a perfeição de
Deus (5,48) como medida absoluta do próprio fazer ensinar. Contudo, daí resulta
que a pergunta a propósito da hierarquia de mandamentos não corresponde
propriamente ao relacionamento novo, verdadeiramente cristão para com a Lei e a
legalidade, pois ao amor não interessa se a prescrição é pesada ou leve, significativa
ou insignificante, mas se volta para o ser amado por quem ele se sabe
interiormente responsável” (Franz Zeilinger – Entre o Céu e a
Terra – Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite