Imaculado Coração da Bem-aventurada Virgem Maria


(Is 61,9-11; Sl 1Sm 2; Lc 2,41-51).

Ainda estamos nessa contemplação de corações. Aquilo que nos escapa ao intelecto só o amor nos pode revelar. A devoção ao coração de Maria vem se desenvolvendo desde a Idade Média, tendo em são João Eudes o motivador desse culto por parte da Igreja. “Conforme o pensamento bíblico, o coração representa o centro sintético de toda a vida interior de uma pessoa: é princípio de vida, memória, conhecimento, espiritualidade. Do coração desprendem-se as energias psicoafetivas e intelectivas; no coração florescem e amadurecem as relações pessoais com Deus e com os outros, e se consumam as escolhas boas ou más. Aplicado a Maria, o coração corresponde ao lugar onde se realiza o encontro e a união do Eterno com ela. Deus, de fato, fala ao coração, justamente onde a pessoa é absoluta e irrepetivelmente ela mesma. E Maria de Nazaré correspondeu à vontade divina com todo o seu ser: espírito, inteligência e corpo. O sim decisivo ela o pronunciou com o coração repleto de fé, não seguindo cálculos baseados em pensamentos humanos, frágeis ainda que pareçam os mais elevados. Do seu coração, que ama mesmo quando não vê claramente, fala o texto evangélico escolhido para a missa: Lc 4,41-51” (Corrado Maggioni – Maria na Igreja em Oração – Paulus).

Pe. João Bosco Vieira Leite