(2Rs 5,1-15; Sl 41[42]; Lc 4,24-30)
3ª Semana da Quaresma.
Os dois textos que hoje nos oferece a
liturgia mechem com os “brios” de Israel. Certos e seguros desse amor de Deus
por eles, achavam-se no direito de somente eles receberem os benefícios
divinos. No entanto, Deus age de forma sempre nova, livre e inesperada. Para
nós a interpretação é clara: para receber os dons de Deus devemos reconhecer
que não temos nenhum direito sobre Ele e devemos docilmente aceitar o Seu modo
de agir.
Jesus é rejeitado pelos seus
concidadãos porque não há neles abertura à iniciativa divina, Ele não pode
fazer ali milagres, pois as graças de Deus são soberanamente livres no modo de
responder as expectativas humanas. Também Naamã é convidado a rever o seu modo
de ver as coisas ou do agir divino. É certo que o acolhimento feito à sua
pessoa não é de primeira, mas é como se fosse um exercício de humildade que
este deveria ter para experimentar o que Deus poderia fazer. De forma simples
Deus é capaz de realizar grandes coisas, aprenderá Naamã e nós com ele. Peçamos
ao Senhor a profunda docilidade que nos faz aderir, no nosso dia a dia, à sua
ação, com simplicidade e confiança.
Pe. João Bosco Vieira Leite