Terça, 9 de fevereiro de 2016


(1Rs 8,22-23.27-30; 83[84]; Mc 7,1-13) 
5ª Semana do Tempo Comum.

Salomão, em sua oração, expressa seu desejo de sacramentalizar as relações do seu povo com Deus. O templo quer ser um sinal sensível da fé, um símbolo dessa Sua presença entre nós. Essa consciência de Salomão se desdobrará em seu zelo pelo lugar sagrado, na beleza que imprime ao local como expressão da própria beleza de Deus, cuja face não vemos, mas percebemos no mistério dos ritos, dos gestos e das pessoas, que de alguma forma Ele olha para nós.


O templo é a casa do louvor, mas é preciso que nossos lábios proclamem o que está em nosso coração, por isso Jesus adverte os fariseus e os mestres da lei para a sinceridade com que devemos estar na presença do Senhor. O Templo pode burocratizar as nossas relações com Deus e fazer perder a espontaneidade e a sinceridade. Esvaziamos não só a Palavra de Deus, mas o próprio culto quando nossa atitude de escuta não nos leva a atitudes mais sinceras a partir do que intuímos em nosso coração. Para Jesus a dinâmica do amor é sempre criativa quando iluminada pela palavra de que Ele mesmo nos dirige.


Pe. João Bosco Vieira Leite